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                Título                        
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                        BS_1900_01
                                            
        
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                Descripción                        
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                        Boletín Salesiano. Enero 1900
                                            
        
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                extracted text                        
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                        ■X.
 
 RESsis QüiDEn nuin^,
 JPERíRJIftÜTÜIPAÜCrf*
 
 '^ T z y
 
 SUMARIO
 R IV E R O
 
 m
 
 V3Á
 
 ae
 
 1900.
 
 COSFBRKNXIA S a I.KSIASA
 ...............................................p á g . ;
 C aiíta DKt. R tmo . P . M ig u e l R ú a i los C ooperadores
 S a l e s i a n o s .......................................................................... ......
 L a» INUNDACI0SB8 DK uv P atagonia y la s M isiones
 S a le sian a s
 ...........................................................................» 10
 >Tbcroloc I a :
 B do. S r. D. C é sa r C a^H ero, I n s p e c to r y P ro c u ra d o r
 de la Coii;n'a£Ucion S alesianu en R om a . . . »
 20
 D .* In é s P e i i j u m e a ...........................................................» 27
 R . Pa<lre I lo m in m R a d a n o ...........................................» 27
 P .* P e tro n a M . d e C n a s c h ........................................... » 28
 N uestra CoRURsro.'CDtRCiA. — E sp a ñ a . M ad rid . — Montilla (C órdoba) — C indadela (M enoroa). — .ItR ^rira.
 S a n tia g o de C h i l e ................................................
 >2*'
 CiuuAi>e« V ie d m a in u n d a d a — L a P la c a W ln te r, frento
 a l Colegio Salesiano d e V iedm a — R u in a s do V in ln ia
 — V is ta de P a ta g o n e s in u n d a d o — L a C alle Roea on
 P a ta g o n e s — D . R em ard o V acciiina — B . S r. D . Césat
 C agliero.
 
 Cí>:
 
 O bras S a l esia n a s
 Sarri* (Bsroslona), Argentin», Ohlls.
 Psnik Bolivis. Uruguay. Oolombla, Paraguay
 MAjIoo. S. Salvador.
 
 DA MIHI ANIMAS:
 
 É
 QÜOSCO
 
 C/tTERATOLLE
 .'-••i-.
 
 Í7''
 
 190 0 - AÑO SANTO - 1 9 0 0
 Suplicam os encarecidam ente
 á nuestros benem éritos Coopera
 dores que d u ra n te el Año Santo
 irá n en jieregrinacion á Roma,
 q u e no dejen de v isita r la L ib r e 
 r í a S a le s ia n a , en la que, á p re
 cios m uy reducidos, encontrarán
 un completo su rtid o de oruoi-
 
 Jijos, rosarios, medallas, estampas,
 fotografías y otros O b je to s dé
 
 íundaciones os el Hospicio del Sgdo. Corazón,
 Dio.híi JAbrería BU encuentra en la v i a P o r t a
 H ospicio), próxim a á la Estación Central, y á la
 la Ciudad y de aquí á la Basílica do S. Bedro
 
 devoción* Con esto, á m ás di*
 la seguridad de no ser explota
 dos, ten d rán la satísfirccion de
 cooperar á la s O bras Salesianas,
 u n a de cuyas m ás im portantes
 en Roma.
 S . L o r e n z o - 4 4 (en el in terio r del
 de los tramvías que llevan a l centro de
 y al Vaticano.
 
 A los q a c h icieren uu g;asto a l m enos p o r v a lo r d e *'50 céntim os, se les
 i‘(>{;alai'á u n a p e q u e ñ a O a ía d e í P ereg rin o .
 
 LECTURAS CATÓLICAS
 Sarriá — PUBLICACION PERIODICO MENSUAL
 
 B arcelona
 
 Kl fin de esta publicación es d ifu n d ir libros sanos, de am enidad ó de historia,
 basados siem pre en las enseñanzas de n u e stra S an ta R eligión. — C ada m es sale un
 elegante tomo de 100 á 120 pág. aproxim adam ente; y al fin del año se re g ala á los
 .snscvitores u n precioso y ameno alm anaque. — L a suscricion empieza invariablem ente
 en E nero ó Ju lio , y el pago será anticipado. — P o r cada 10 ej. se recib irá uno gratis]
 y tom ando 50 la suscricion será do 2 ptas. para Es¡)afia y 3 para H ltram ar y E xtranjero.
 P R E C IO S
 
 D E
 
 S D S C R IC IO N :
 
 P ara E sp a ñ a : im año 2 ,5 0 p ta s .; 4 ,0 0 atrasada,
 V ltra m a r y E x tra n je ro ; Un año 3 ,5 0 p ta s .; 5 ,0 0 atrasada.
 N ú m e ro su e lto : 0 ,5 0 pta.
 
 CottülBnflD,
 
 32
 
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 flE D A C C IO N
 
 Y
 
 ;^ D M I N IS T R A C IO N
 
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 Turíd (ltaiia)‘
 
 i^&cercándose la fiesta del glorioso doctor de la Iglesia S. Francisco de Sales, patrón y protector de la Pía Sociedad Salesiana, recordamos á nuestros ‘beneméritos Cooperadores, pero
 especialmente á los Directores, Decuriones y Celadores, el
 número 4 del Artículo VII del Reglamento, que dice; « Cada
 año tendrán dos Conferencias, cuando menos: una el dia en que se
 celebra la fiesta de María Auxiliadora, y la otra en la de S. FRANGISG6 DE SALES: en ambas se hará una colecta en favor de las Obras
 Salesianas. lo s Cooperadores de donde no se haya podido aun constituir
 una Decuria y los que no hayan podido asistir á la conferencia, mandarán
 su ofrenda á la más próxima Casa Salesiana, por la viam ás fácil y segura.»
 
 t
 
 _
 
 '^ARTA
 
 2
 
 —
 
 D E L M v DMO.
 
 W f IG U E L
 
 ®UA
 
 -A- L O S
 
 ilc iia n o ^
 
 Y a os im a g in a re is , b e n e m é rito s Coo
 p e ra d o re s, c u a le s so n la s d o lo ro sa s pér
 d id a s á q u e m e re fie ro , ^ n o d u d o , que
 u n ié n d o o s á n u e s tr o d o lo r, h a b ré is ele
 v a d o a l c ielo p ia d o so s s u fra g io s p o r las
 íiG uiE N B O la c o s tu m b re d e
 a lm a s d o n u e s tro s in o lv id a b le s herm anos
 i'añ o s p re c e d e n te s y e n cu m D . L u is O a lc a g n o y D , C é s a r Oagliero,
 ^ p lim ie n to d el E e g la m e n to d e
 ¡^ n u e s t r a P í a U n i o n , os tlirijo q u e h a n c a id o so b re la b re c h a , en el
 ^ ^ ^ l a p re s e n te , a m a d o s C oo])era- c a m p o d e l t r a b a j o , e n a ú n tem p ra n a
 ^
 d o r e s , c o n e l fin d e d a ro s e d a d .
 L a m u e rte , a c a e c id a e n S. Salvador,
 I c u e n ta d e la s m u c h a s trib u d e D . L u is O a lc a g n o , el in tró i)id o Supe
 ■®
 ’ la c io n e s con q u e el S efiur en
 rio r d e a q u e llo s d e n u e s tr o s M isioneros
 s u s in e s c r u ta b le s ju ic io s n o s
 q n e a ñ o s h a c e sa lie ro n d e s te rra d o s del
 h a v is ita d o á n o s o tro s y á
 E c u a d o r, s u frie n d o n o p o c a s privaciones
 n u e s tr a s o b ra s el p a s a d o a ñ o , y al m ism o
 y tra b a jo s , h a sid o u n a g ra v ís im a i)értiem i>o p re s e n ta ro s los fr u to s d e v u e s tra
 d id a p a r a n u e s t r a P í a S o c ie d a d , espe
 c a rid a d , p a r a q u e e n u n ió n n u e s tr a p o d á is
 v o so tro s, q u e d u r a n te e l p a s a d o a ñ o h a  c ia lm e n te p o r lo q u e resi» ecta á sus Mi
 sio n es, la s c u a le s h a u p e r d id o con él
 b é is sid o co n v u e s tr a c o o p e ra c ió n los
 in s tr u m e n to s d e q u e la d iv in a P ro v id e n  u n a g ra n in te lig e n c ia y im m agnánim o
 c o ra z ó n á to d a p ru e b a . Y t a n t o m ás me
 c ia s e h a s e rv id o e n fa v o r d e los p o b re s
 S a le s ia n o s , p o d á is, re p ito , g u s t a r los p u  fu é d o lo ro s a s u m u e rte , c u a u to m ayor y
 m á s e x tr e m a n e c e s id a d te n ía m o s d e perrísim o s g(íces q u e se e x p e rim e n ta n con
 .sonal e n la E e p u b lic a d el S a lv a d o r, para
 e l re c u e rd o d e la s b u e n a s o b ra s h e c h a s
 p o d e r c u m p lir los c o m p ro m iso s contraidos.
 e n h o n r a d e D io s y
 p ro v e c h o d el
 A u n m á s s e n s ib le y d o lo ro sa , si cabe,
 p ró jim o , y l a s e g u r a e s p e r a n z a d e l p r e 
 fu é la casi r e p e n tin a m u e r te d e nuestro
 m io fu tu ro . T si sie m p re m e h a sid o
 g r a to e! e n tr e te n e r m e d e s d e e s ta s p á g i P r o c u r a d o r G e n e ra l, e n E o m a , D . César
 C a g lie ro , ta n b e n e m é rito d e la S ociedad
 n a s con v o so tro s, lo es m u c h o m á s e s te
 S a le s ia n a y d e la P ía U n io n d e los Coo
 a ñ o en q u e c e le b ra m o s el A ñ o Santo,
 p e ra d o re s, á la q u e a m a b a co n ])redilecp u e s con e s te m o tiv o ]>uedo co n m a y o r
 s e g u rid a d in v o c a r s o b re v o so tro s h>s co  cio n . D u r a n t e el tie m p o q u e e jerció su
 c a rg o , s irv ié n d o s e d e la s b u e n a s cu a lid a
 p io so s r a u d a le s d e la s d iv in a s g ra c ia s , y
 d e s y a tr a c tiv o s q u e le a d o r n a b a n , atrajo
 a n im a r o s e n la p r á c tic a d e la s b u e n a s
 á e lla á n u m e ro s a s p er.sonas <le am bos
 o b ra s.
 sex o s y d e e le v a d a p o sició n social, y
 L as v isita s del Señor.
 con s u s a g a c id a d y t a c to o b tu v o para
 e lla s in g u la re s fa v o re s y p riv ile g io s del
 D u r a n t e e l a ñ o q u e a c a b a d e p a s a r,
 D io s n u e s tro S e ñ o r se h a s e rv id o v isi S u m o P o n tífic e . G ra n d e c o n su e lo h a sido,
 sin e m b a rg o , e n la d esap .aricio n d e ta n
 b le m e n te v is ita rn o s co n el lá tig o d e las
 tr ib u la c io n e s , y a a r r e b a tá n d o n o s á celo so s ó p tim o s S a le sia n o s, v e r el lla n to u n iv e r
 sal q u e le s a c o m p a ñ ó á la tu m b a , y los
 é im p o rta n te s o]»erarios, co m o a flig ie n d o
 e n m il m o d o s la s M isio n e s q u e el S o b e so le m n e s y d e v o to s fu n e ra le s q u e ex])onr a n o P o n tífic e confio á n u e s t r a P í a S o  ta n e a iu e n te so les h a u h e d i ó en m uchas
 p a r te s . D e s d e e s ta s c o lu m n a s d o y las
 c ie d a d .
 len eram tcs f o u p e í a t e s
 
 T
 
 — 3
 más sin c e ra s g ra c ia s á c u a n to s d e a lg ú n
 d a s. ¡C uán flo re c ie n te s n o e r a n h a c e seis
 modo h a n c o n trib u id o á d is m in u ir m i m eses, b e n e m é rito s C o o p e ra d o re s, n u e s 
 aflicción, ta n to m a y o r e n c u a n to q u e so n
 tr a s c a sa s d e V ie d m a , P a ta g o n e s , P rin m uchas la s v íc tim a s q u e h a n su frid o
 g les, C o n esa, R o ca, C h o sm a h il, J u n í n d e
 los A n d e s y R aw sóii! C om o frondoswis
 n u estras filas, c u a n d o m á s n e c e s ita d o s
 estam os d e p e rs o n a l.
 p la n ta s e le v a b a n a l c ielo su s ra m a s c a r
 P a s a n d o a h o r a á o tr a s trib u la c io n e s g a d a s d é a b u n d a n te s f r u to s d e s a n tid a d
 con q u e e l S e ñ o r n o s h a v is ita d o e l p a  y c a rid a d e n p ro d e la s n e c e s ita d a s a l
 sado añ o , p o d ría p re s e n ta ro s , com o e n m a s d e la P a ta g o n ia . A lg u n a s y a n o
 un g ra n c u a d ro , d e lin e a d a s u n a á u n a la s e x is te n , y la s q u e a u n e s tá n do pió p re 
 nuevas d e s v e n tu r a s q u e h a n c a id o so b re s e n ta n su s r a m a s d e s g a ja d a s y fa lta s d e
 to d o fru to . E l S e ñ o r h a v is ita d o n u e s tra s
 n u estras M is io n e s d e la P a t a g o n i a y
 T ierra d e l F u e g o ; p e ro h a b ie n d o y a h a  M isio n e s d e la P a ta g o n ia con las in a u 
 blado el B o l e t í n S a l e s i a n o a e s te d ita s y a s o la d o ra s c re c id a s d e los río s
 respecto, y m u c h o s d e v o so tro s re s p o n  L im ay , N e u q u é n , C o lo ra d o , C h u b u t y
 N e g ro . ¡S ea ta m b ié n e n e s te a m a r g u í
 dido á m i c irc u la r d e l 2 4 d e O c tu b re
 últim o, d e s is to d e e se p ro p ó sito , c o n te n  sim o tr a n c e b e n d e c id a su v is ita ! E s v e r
 tán d o m e co n s e ñ a la r d e p a so la s m ás d a d q u e c o n la s im p e tu o s a s o n d a s c o rrió
 u n m a r d e lá g rim a s d e n u e s tr o s h lisio im p o rtan tes.
 V e in tic in c o a ñ o s h a n p a s a d o a p e n a s n e ro s, q u e llo ra b a n la p é r d id a d e ta n to s
 re c u rs o s n e c e s a rio s p a r a c o n tin u a r h a c ie n 
 desde el d ía e n q u e n u e s tr o in o lv id a b le
 P a d re D . B o sco d ió p rin c ip io á la s M i d o b ie n á la s a l m a s ; p e ro e sa s lá g rim a s
 n o fu e ro n ó b ic e p a r a q u e fu e r a a c a t a d a
 siones S a le s ia n a s d e l a A m é r ic a d e l S u r,
 y ¡cuán g r a n d e h a sid o e l b ie n , b e n e  y b e n d e c id a la v o lu n ta d d e l S e ñ o r.
 T a m b ié n la le ja n a T ie r r a d el F u e g o ,
 m éritos C o o p e ra d o re s , q u e , m e rc e d á
 v u estra c o n s ta n te g e n e ro s id a d , h a n p o  h a b i t a d a p o r la in fe liz r a z a d e los O n a s,
 h a sid o v is ita d a p o r el S eñ o r, h a b ie n d o
 dido o b ra r lo s h u m ild e s h ijo s d e D . B o sco
 en a q u e lla s a p a r ta d a s re g io n e s , e s p e c ia l p a s a d o el a n o ú ltim o n u e s tr a s M isio n e s
 m ente e n l a P a t a g o n i a y T ie r r a d e l F u e g o ! p o r g ra v ís im a s d ific u lta d e s y c o n tra tie m 
 No es m i p ro p ó s ito d e s c e n d e r á p o rm e  pos. IJ u v o ra z in c e n d io d e s tru y ó , e n la
 nores, y a u n q u e lo f u e r a m e s e ría im p o  I s la D a w só n , los a lm a c e n e s d o n d e se
 g u a r d a b a n la s p ro v is io n e s p a r a l a s u s 
 sible d a ro s s iq u ie ra u n a m e ra in d ic a c ió n
 te n ta c ió n d e a q u e llo s in d io s, y fu rio sa s
 en los e s tre c h o s lím ite s d e u n a c a rta .
 te m p e s ta d e s e n el E s tre c h o d e M a g a lla 
 Al ])oner e n p rá c tic a l a s e n te n c ia d e l
 E v a n g e lio : vean los honibresvuestras buenas n e s h a n o c a sio n a d o g r a v e s d a ñ o s á la s
 oirás p a ra que glorifiquen á Dios, q u iso e m b a rc a c io n e s e n c a r g a d a s d e l ai>rovision a m ie n to d e la M isió n do N tra . S ra. d e
 D. B osco, p a r a e d ific a c ió n d e to d o s, q u e
 las o b ra s d e lo s M isio n e ro s s e d iv u lg a  l a C a n d e la ria . Y co m o si e s to n o b a s ta s e ,
 h a sid o t a n e x tr a o r d in a r ia m e n te ríg id o
 ran á m e d id a q u e ello s la s c u m p lía n : y
 este e le v a d o o b je to lo v ie n e re lig io s a  el ú ltim o in v ie rn o , q u e e n a íju e lla s r e 
 g io n e s c a e e n lo s m eses d o ju n io , ju lio
 m ente lle n a n d o d e s d e h a c e 24 a ñ o s
 el B o l e t í n S a l e s i a n o , c u y a le c tu r a es y a g o sto , q u e los c a m p o s se h a n c u b ie r to
 tan g r a ta á n u e s tro s a m ig o s y B ie n h e  d e a b u n d a n te n i e v e , fe n ó m e n o a llí b a s 
 chores. C o n o cid o s o s son, p u e s, a m a d o s t a n t e ra ro , c a u s a n d o e s to m u c h o d a ñ o
 C ooperadores, lo s co p io so s fr u to s q u e e n y g r a n m o rta lid a d e n lo s re b a ñ o s, q u e
 este v a s tís im o c a m p o D io s v ie n e c o n c e  c o n s titu y e n la b a s e y in in c ip a l re c u rs o
 diendo d e s d e h a c e a ñ o s á v u e s tr a s g e  p a r a la a lim e n ta c ió n ; a sí es q u e e l d i
 nerosas lim o sn a s, y á lo s su d o re s, lá g ri re c to r d e a q u e lla M isió n , lim o . S r. F a mas y a ú n s a n g r e e s p a rc id a e n él p o r g n a n o , n o s a b e y a á d o n d e d irig irs e e n
 b u s c a d e lo s re c u rs o s n e c e s a rio s p a r a
 los M is io n e ro s S a le sia n o s. P e r o e sto s
 m a n te n e r á t a n t a g e n t e q u e p u e b la la
 frutos h a n s u frid o a h o r a e n la P a ta g o nia y T i e r r a d e l F u e g o u n a d o lo ro sa M isión.
 In d u d a b le m e n te D io s n u e s tr o S e ñ o r,
 su spensión, q u e e s p e ra m o s q u e n o h a d e
 du rar m u c h o tie m p o . U n a e s p a n to s a to r  q u e s a b e s a c a r b ie n d e l m a l y n o c e sa
 d e a m a m o s a u n c u a n d o n o s v is ita co n
 m enta h a a r ra n c a d o d e r a íz p a r te d e la s
 p lan tas q u e ta le s fr u to s p ro d u c ía n , a r ra s  l a trib u la c ió n , al s o m e te r á n u e s tr a s M itrán d o las e n su d e s o la d o ra c a rre ra , y h a • sio n e s á t a n d u r a s p r u e b a s , q u ie re q u e
 dejado á la s d e m á s lá n g u id a s y e s te n u a - ! c a d a d ía s e a m a y o r n u e s t r a c o n fia n z a e n
 
 _
 SU d iv in a P ro v id e n c ia , y a b r ir n n c a m p o
 m á s v a s to á v u e s tr a c a rid a d , b e n e m é rito s
 C o o p e ra d o re s, p u e s á e lla h a n sid o c o n 
 fia d a s m á s p a r tic u la r m e n te d ic h a s M i
 sio n es.
 
 F ru tos de v u estra caridad en 1 8 9 9 .
 D a n d o a lio ra u n a r á p id a o je a d a á las
 o tra s M isio n e s y o b ra s i>uestas b a jo n u e s 
 tr o s c u id a d o s e n to d a s la s p a r te s d el
 m u n d o , p u e d o co n g r a n c o n te n to a s e g u 
 ra ro s q u e to d a s h a n to m a d o m a y o r in c re u n m to el ])asado a ñ o . E s e s to u n o d e
 los m ás h e rm o su s fr u to s d e v u e s tr a c a 
 rid a d , a m a d o s O o o p e ra d o re s, p u e s b ie n
 s a b é is q u e n u e s tro s O ra to rio s , A silo s,
 C o leg io s, E s c u e la s d o A rte s , G r a n ja s A g ríc o la s y, e n u n a x»alabra, to d a s n u e s tr a s
 o b ra s v iv e n ú n ic a m e n te d e l a c a rid a d , y
 á l a c o n s ta n te c a rid a d d e lo s C o o p e ra 
 d o re s d e b e n s u e x is te n c ia y m a n te n i
 m ie n to . El d ía e n q u e v u e s tr a c a rid a d
 v in ie s e á m en o s, s e ría el ú ltim o d ía d e
 v id a do n u e s tr a s o b ra s, á n o s e r q u e la
 P ro v id e n c ia n o s h ic ie r a s e n tir d e o tro
 m o d o in e s p e ra d o su b o n d a d . P e rm itid m e
 q u e al lle g a r á e s te p u n to os a b r a m i
 co razó n y c u m p la c o n u n d e b e r s a g ra d o .
 V is ita n d o el p a s a d o a ñ o n u e s tro s I n s t i 
 tu to s d e l m e d io d ía d e F ra n c ia , to d o s los
 d e E s p a ñ a y P o r tu g a l, los d e A r g e lia y
 g r a n i)a rte d e lo s d e I t a l i a , h e p o d id o
 c o m p ro b a r p o r m í m ism o los a d m ira b le s
 fr u to s d e v u e s tr a c a rid a d . A l v e r e l s in 
 ce ro a fe c to q u e lo s C o o p e ra d o re s d e la
 v a r ie d a d d e p u e b lo s y c iu d a d e s q u e h e
 v is ita d o , tie n e n p a r a lo s p o b re s S a le sia no s, y la eficaz c o o p e ra c ió n co n q u e so s
 tie n e n n u e s tr a s o b ra s, m e s e n tí p ro f u n 
 d a m e n te c o n m o v id o , y d e sd o lo m á s p ro 
 fu n d o d e m i a lm a , a l m ism o tie m p o q u e
 b e n d e c ía a l b u e n D ios y á n u e s tr a q u e r id a
 M a d r e M a r ía A u x ilia d o ra p o r h a b e rn o s
 e n to d a s i)a rtc s ro d e a d o d e ta n g e n e ro 
 so s y b u e n o s am ig o s, s ie m p re d is p u e s to s
 á prestarnovs su ap o y o , im p lo r a b a so b ro
 to d o s c o p io sa s b e n d ic io n e s d el cielo, el
 c ie n to p o r u n o d o su c a rid a d y l a e te r n a
 fe lic id a d e n la o tr a v id a . A h o r a q u ie ro
 ai> ro v eo h ar e s ta oousioii p a r a d a r d e
 n u e v o y p ú b lic a m e n te m is m á s r e n d id a s
 g ra c ia s á los O o o p e ra d o re s q u e d u r a n te
 m i v ia ie h e v is to t a n so líc ito s y celo so s
 d e la s O b ra s S a le sia n a s. S u d u lc e re c u e rd o
 s e r á im p e re c e d e ro e n m i c o ra z ó n , y m is
 I)obres o ra c io n e s, u n id a s á la s d e lo s jo v e n c ito s recogi«los e n las c a s a s q u e ello s
 s o s tie n e n , s u b irá n c o n s ta n te s a l tro n o d e l
 
 4 —
 A ltís im o , y le in c lin a rá n á re m u n e ra rle s
 d ig n a m e n te d e to d o .
 F r u to s ta m b ié n d e v u e s tr a c a rid a d sou
 a m a d o s O o o p e ra d o re s, la s n u e v a s obras
 e n p ro d e l a j u v e n t u d á q u e h em o s dado
 co m ien z o e n v a r ia s n a c io n e s, d u ra n te el
 año pasado.
 E n I t a l i a h e m o s a b ie r to O ra to rio s fes
 tiv o s e n C a rm a g u o la d e l P ia m o n te , en
 F e r r a r a , C o m acch io , C h io g g ia , ju n to á
 V e u e c ia , F ig liu e e n T o s c a n a , F o rlí, en
 d o n d e á m á s d e l O ra to rio fe s tiv o to m a
 m o s l a d ire c c ió n d e a lg u n o s ta lle re s , en
 P a lla n z a u o , d e b id o a l ce lo y á los medios
 s u m in is tra d o s p o r el y a d ifu n to P árroco,
 y u n s e g u n d o e n M ilá n , j u n t o al In sti
 tu to d e S. A m b ro sio , d e la c a lle d e Cop órnico.
 A c c e d ie n d o á la s r e p e tid a s in stan cias
 d e l T ltre. A y u n ta m ie n to , h e m o s tom ado
 e n P o s s a u o la d ire c c ió n d e l im p o rtan te
 c e n tro d e e n s e ñ a n z a Colegio Cívico^ pro
 p o rc io n a n d o a sí s a n a e d u c a c ió n social y
 re lig io s a á lo s jó v e n e s d e b u e n a posición,
 q u e f r e c u e n ta n lo s c u rso s gim nasiales,
 té c n ic o s y e le m e n ta le s a b ie r to s e n dicho
 I n s titu to .
 E n R o m a , e n e l b a rrio denom inado
 T e sta c c io , h e m o s a b ie r to c la se s elemen
 ta le s p a r a los in fe lic e s y p o b re s niños
 q u e p o r a llí p u lu la n e n e l m a y o r abandono.
 E n o tra s c iu d a d e s d e I t a l i a h em o s arro
 ja d o la s im ie n te , q u e , a l desarrollarse,
 d a r á a b u n d a n te s fr u to s d e c a rid a d . Los
 tr a b a jo s , p u e s, d e la I g le s ia d e N tra . Sra.
 d e la s N ie v e s, d e Si>ezia, p ro c e d e n con
 g r a n c e le rid a d , y in’o n to i)o d rá abrirse
 a l c u lto im b lic o ; e n S a v o n a s e bendijo
 s o le m n e m e n te e n fe b re ro ú ltim o la prim e
 r a ])ie d ra d e l n u e v o O ra to rio S alesiauo
 d e N tr a . S ra. d e la M ise ric o rd ia , cuya
 c o n stru c c ió n h a sid o p ro m o v id a p o r «na
 j u n t a lo c a l q u e x>reside e l d io cesa n o ,
 lim o . S r. D . J o s é S a lv a d o r S c a tti, á quien
 p re s e n to h u m ild e m e n te m i in o fiiiid o ag ra d e c im ie iito p o r la eficaz cooi)eracion
 q u e disi>eusa á n u e s tr a s o b ra s ; y en A n
 c o lia c e le b ró se e n A g o s to ú ltim o im a
 fu n c ió n s e m e ja n te p a r a la co n stru cció n
 d e u n g ra n d io s o I n s t i t u to ó I g le s ia p ú 
 b lic a en el lla m a d o Piano di S. Lazzaro.
 L a P ía O b ra d e S. L u is lo h a to m a d o por
 s u c u e n ta , y u n a v e z te rm in a d o h a r á la
 e n tr e g a á n u e s t r a P ía S o c ie d a d . L a b en 
 d ic ió n d e l a x>rimera p ie d r a d ig n ó s e d arla
 el d io c e sa n o E m m o . C a rd e n a l M a n a ra , á
 q u ie n i>reseuto m is o b se q u io s y a g ra d e 
 cim ie n to .
 
 F ra n c ia , s ie m p re t a n n o b le y g e n e ro s a ,
 ha au m eu ta< lo s u p a tr im o n io S a le s ia u o
 con la fu n d a c ió n e n M o rd re u x d e u n a
 herm osa G asa p a r a lo s a d u lto s q u e d e 
 sean a b r a z a r l a c a r r e r a e c le s iá s tic a . E s ta
 casa e s f r u to s a z o n a d o d e la Obra de
 A fana A uxiliadora para fo m e n ta r las vo
 caciones eclesiásticas, o b ra q u e n u n c a s e r á
 su ficien te m e n te re c o m e n d a d a á l a c a r id a d
 de todos.
 E n B é lg ic a h e m o s f u n d a d o e n V e rviers u n O ra to rio y O rfa n o tro fio p a r a los
 niños p o b re s d e e s ta p o p u lo s a c iu d a d : é
 im p o n ién d o n o s n o p e q u e ñ o s sacrificio s,
 confiados e n l a c a rid a d d e n u e s tro s b u e 
 nos C o o p e ra d o re s, h e m o s a c e p ta d o e n
 Suiza o tr a M isió n e n fa v o r d e los o b re ro s
 italian o s q u e e n e s ta R e i)iib lic a n o b a ja n
 de 100.000. E n e s ta M isió n , e s ta b le c id a
 en B rig a , e n e l V a lie s e , e n t r e lo s o b re 
 ros q u e tr a b a j a n e n la a p e r t u r a d e l tiíu e l
 del Sempione, y e n l a q u e e n Z u ric h
 iniciam os h a c e d o s a ñ o s y q u e el p a s a d o
 au m en tó s u p e rs o n a l, los S a le s ia n o s d e
 D. B osco se in d u s tr ia n d e m il m a n e ra s
 para m a n te n e r l a fe e n e l c o ra z ó n d e los
 pobres e m ig r a n te s ita lia n o s .
 P o r lo q u e r e s p e c ta á E s p a ñ a , m e es
 grato c o n s ig n a r q u e la s O b ra s S a le s ia n a s
 se d e s a rro lla n a d m ira b le m e n te , d e b id o á
 la g e n e ro s id a d y d e s p r e n d im ie n to d e in 
 signes p e r s o n a s d e e s ta c a tó lic a n a c ió n .
 En S e v illa se h a a b ie r to e s te a ñ o u n a
 tercera C a s a co n I g le s ia im b lic a . O ra to rio
 festivo y E s c u e la s d iu rn a s y n o c tu rn a s ;
 en V ig o u n O ra to rio e n u n b a rrio d e s p r o 
 visto d e ig le s ia s ; u n C o leg io e n M o n tilla,
 p ro v in cia d e C ó rd o b a , y e l 18 d e O c tu b re
 una C a sa e n M a d rid . N o s h e m o s h e c h o
 cargo a d e m á s d e l O ra to rio y C o leg io d e
 8. F ra n c is c o d e S ales, q u e h a c e a ñ o s fu n d ó
 en C in d a d e la (M e n o rca) e l ce lo so s a c e r
 dote y b e n e fic ia d o d e a q u e lla C a te d ra l,
 Don ÍP ederico P a r e ja .
 E n P o r tu g a l lo s S a le s ia n o s d e P in h e ir o
 han a b ie r to u n O ra to rio fe s tiv o , y e n L isl)oa h a n re c ib id o d o la i n e x h a u s ta c a r i
 dad d e l ilu s tr e M a rq u é s d e L iv e ri u n
 vastísim o te rre n o , p a r a l a c o n s tru c c ió n d e
 escuelas d e 1.® y 2.“ e n s e ñ a n z a y d e a r te s
 y oficios.
 E n I n g l a t e r r a , p o r ú ltim o , h e m o s to 
 m ado la d ire c c ió n e s p ir itu a l d e u n a C á r
 cel co n H o s p ita l y O rfa n o tro fio a n e x o s.
 
 Frutos de v u e str a caridad en la s M isiones.
 N o se h a lim ita d o v u e s tr a c a rid a d , a m a 
 dos C o o p e ra d o re s , d u r a n te e l 1899 á
 
 n u e s tr a s C a sa s d e l A n tig u o C o n tin e n te ,
 sin o q u e, a tr a v e s a n d o los m a re s descen<lió
 s o b re n u e s tr a s M isio n e s c u a l benéfico y
 fe c u n d a n te ro cío . D ig n a o s , p u e s, d e a c e p 
 ta r , r e u n id o s e n p e r ñ im a d o ra m ille te , los
 f r u to s d e v u e s tr a c a rid a d e n n u e s tra s
 M isio n e s.
 V u e s tr a c a r id a d h a p e rm itid o á n u e s tr a s
 M isio n e s d e A fr ic a a ñ a d ir u n n u e v o e d i
 ficio e n L a M a r s a (T ú n e z) a l In stitu to
 Perret, q u e d e s d e h a c e a lg u n o s a ñ o s e s tá
 c o n fia d o á n u e s tro s c u id a d o s ; y á las d e
 P a l e s t i n a h a s u m in is tr a d o los re c u rso s
 n e c e s a rio s p a r a re c o g e r á m a y o r n ú m e ro
 d e n iñ o s p o b re s y a l)a n d o n a d o s.
 Y p a so e n s e g u id a á o c u p a rm e d e A m é 
 rica , p a r a n o a la r g a r d e m a s ia d o e s ta c a rta .
 E n B u e n o s A ire s h e m o s a b ie r to u n
 Colegio Italo-A rge^itino p in to á n u e s tra
 ig le s ia d e N tr a . S ra . d e la M ise ric o rd ia .
 E n el U ru g u a y se h a n e c h a d o las base.s
 d e u n a C p lo n ia A g ríc o la , ju n t o á M o n te 
 v id e o , e n u n te r r e n o q u e la g e n e ro s id a d
 d e n u e s tro s B ie n h e c h o re s d e a llí n o s h a
 p ro p o rc io n a d o . E l B ra s il c u e n ta con d o s
 C a sa s m á s ; u n a e n l a p o p u lo s a y n e c e 
 s ita d a c iu d a d d e B a h ía , c o n o c id a v u l
 g a r m e n te p o r B a h ía N egra p a r a n o c o n 
 f u n d ir la c o n B a h ía B la n c a d e l a A r g e n 
 tin a , y la o tr a e n C o ru m b á , c a p ita l d el
 M a tto G r o s s o , in m e n s o te r r ito r io q u e
 n u e s tro s M isio n e ro s re c o rre n c o n fr e 
 c u e n c ia , e v a n g e liz á n d o lo .
 E n C o lo m b ia , u n a c u a r ta C a sa se h a
 a b ie r to e n B o g o tá y o tra , d e s tin a d a á la
 fo rm a c ió n d e m a e s tro s d e e s c u e la y d e
 A r te s y O ficios, se e s tá te rm in a n d o en
 B o sa, p u e b le c illo c e rc a n o á la c a p ita l.
 P o r s u p a r te D . E v a s io R a b a g lia ti, el in 
 c a n s a b le a p ó sto l d e los le p ro so s, c o n tin u ó
 el p a s a d o a ñ o s u s e x c u rs io n e s p o r l<»s
 p u e b lo s y ciuda<les d e la R e p ú b lic a , e x c i
 ta n d o lo s á n im o s p a r a e m p re n d e r u n a
 e n é rg ic a c ru z a d a c o n tr a la p ro p a g a c ió n
 d e l m al, c o n c u rrie n d o á la c o n stru c c ió n
 d e a p ro p ia d o s ó h ig ié n ic o s la z a re to s. H a 
 b ie n d o e n c o n tr a d o , e n M a y o ú ltim o , un
 a m e n ísim o te r r e n o apropó.sito e n u n a in 
 m e n s a flo re sta , á c u a tr o jo r n a d a s d e P a m 
 p lo n a , g ra b ó e n el tro n c o d e u n árb o l
 u n a cru z, y e n el d e o tro las s ig u ie n te s p a 
 la b ra s : L azareto D. Bosco - M ayo de 1899.
 ¡Q u ie ra D io s q u e p ro n to se re a lic e e s te
 v a tic in io , q u e s e r á u n o d e los m á s h e r
 m o so s fr u to s d e c a rid a d d e n u e s tro s C oo
 p e ra d o re s !
 E n A r e q u ip a (P e rú ), a n e ja a l I n s t i t u to
 S a le sia u o , s e e s tá c o n s tru y e n d o c o n g ra n
 
 —
 
 6
 
 a c tiv id a d u n a v a s ta ig le s ia p ú b lic a d e d i
 c a d a á M a ría A u x ilia d o r a , y se tie u e u
 fu n d a d a s e s p e ra n z a s d e p o d e r a b r ir la al
 c u lto e l c o r r ie n te añ o , co m o h o m e n a je
 d e la ciuda<I á J e s u c r is to R e d e n to r a l
 te r m in a r s e el sig lo .
 N u e s t r a O a sa d e C o n c e p c ió n (O hile),
 q u e d e b id o á la s e n o rm e s d e u tla s q u e la
 o p rim ía n , e s tu v o á p u n to d e < lesaparecer
 c o m p le ta m e n te los a ñ o s a trá s , h a p o d id o
 d e n u e v o a b r ir s u s e s c u e la s y O ra to rio
 fe s tiv o y re c o g e r á v a rio s h u m a n o s .
 E n la R e p ú b lic a d e S. S a lv a d o r (O e n tro
 A m é ric a ) h e m o s d a d o c o m ie n z o , e n S ta .
 T e c la , á u n C o leg io d e i)rim era y s e 
 g u n d a e n s e ñ a n z a , ú ltim a fu n d a c ió n del
 m a lo g ra d o D . O a lc a g u o , q u e d e s d e é l p a só
 á la e te r n id a d .
 E n N o r te A m é ric a , á la s d o s O a sa s y a
 e x is te n te s e n S. F ra n c is c o d e C a lifo rn ia ,
 se h a a ñ a d id o u n a te r c e r a en N u e v a Y o rk ,
 l a c u a l s irv e d e P a iT o q u ia á los ita lia n o s
 d e e s t a c iu d a d .
 F r u to s , p o r ú ltim o , d e v u e s tr a c a rid a d
 so n , b e n e m é rito s O oo)> eradores, los m u 
 c h o s iiu líg e n a s d e la T i e r r a d el F u e g o y
 (le l a P a ta g o n ia , d el M a tto G ro sso (I3rasil) y d e la s flo re sta s o rie n ta le s d el E c u a 
 d o r q u e s e m a n tie n e n y v is te n con v u e s
 tro s g e n e ro s o s d o n a tiv o s ; los in felice s
 le p ro s o s d e A g u a d e D io s y C o n tr a ta c ió n ,
 á q u ie n e s h a c é is m e n o s d o lo ro sa la v id a,
 m e rc e d á la ])resencia d(d M isio n e ro y d e
 la H i j a do M a ría A u x ilia d o ra , s o s te n id o s
 p o r v u e s tr a c a rid a d , los c u a le s se s e p u l
 t a n e n a q u e lla s rnan.siones d el d o lo r y d e
 la m u e rte , p a r a al m e n o s s a lv a r el a lm a
 d e lo s in fe lic e s c o n d e n a d o s á v e rs e c a e r
 á p e d a z o s las i)ro p ias c a rn e s ; los so co rro s
 e s p iritu a le s y m a te r ia le s (jue los S a le sia u o s p u d ie ro n p r e s ta r el p a s a d o a ñ o , d u
 r a n te la c in d e in ia v a rio lo s a q u e aso ló
 v a r ia s lU’o v in c ia s d e V e n e z u e la ; y en fln,
 fru to d e v u e s t r a c a rid a d son las o b ra s
 lle v a d a s á c a b o p o r la s H ija s d e M a ría
 A u x ilia d o ra , y q u e p a s o á re s e ñ a ro s b re 
 v e m e n te .
 
 —
 
 E s c u e la s , O b ra d o re s y O ra to rio s festivos
 e n B a rc e llo n a P o zzo d i G o tto (M essina);
 G io ia d ei M a rsi, e n los A b r u z o s ; La
 T ü iT e tta j u n t o á L iv o m o , e n T o s c a n a ;
 G a tt i c o (N o v a ra ) ; O a rd a n o a l C am po, y
 u n a s e g u n d a C a s a e n C a s te lla n z a (Lom b a r d ía ), M ira b e llo (M o n fe rra to ) y T ig lio le
 d ’A s ti. A m á s d e e s to h a n e stab le cid o
 e n R o m a u n a C a s a d e P ro b a c ió n para
 las n o v ic ia s , y tr a s la d a d o á S assi, ju n to
 á T u rín , el P e n s io n a d o q u e te n ía n en
 G ia v e u o p a r a la s S e ñ o ra s q u e , e n c o n tr á n 
 d o se so las y h a b ié n d o s e d e s lig a d o d e los
 c itid a d o s d e la fa m ilia , d e s e a n term in ar
 su m o rta l c a r r e r a e n e l r e tir o y en el
 e je rc ic io d e la p ie d a d y c a rid a d . S entíase
 la n e c e s id a d d e tr a s l a d a r e s ta o b ra , tan
 re c o m e n d a d a d e n u e s tr o P a d r e ,D. Sosco,
 á u n lo cal m á s a m p lio y a d e c u a d o , y ob
 te n id o el o b je to , m e e s g r a to a n u n c iá r
 selo á n u e s tr a s b e n e m é rita s C ooperadoras,
 (lu ieu e s á s u v e z p u e d e n recom endarlo
 á su s p a r ie n te s ó a m ig a s .
 L a s H ija s d e M a ría A u x ilia d o r a han
 sid o ta m b ié n lla m a d a s e n I t a l i a á pres
 t a r su s s e rv ic io s e n u n a o b ra q u e por sn
 c a p ita l im p o r ta n c ia m e re c e e sp e c ia l re
 c u e rd o . M e re fie ro á los Pensionados de
 Obreras, c o m e n z a d o s h a c e p o c o s años, y
 cpie y a h a n d a d o e x c e le n te s resultados.
 G e n e ra lm e n te lo s d u e ñ o s d e la s grandes
 fá b ric a s e n q u e s e e m p le a el trabajo
 d e la m u je r, s u e le n f u n d a r e s to s Pensio
 n ad o s, q u e son u n a v e r d a d e r a providencia
 p a r a las jó v e n e s o b lig a d a s á d e ja r el ho
 g a r d o m tó tic o , p a r a v iv ir j u n t o á la fá
 b ric a e n q u e a p r e n d e n u n oficio, ó mejor
 d ic h o , e n la q u e d e b e n g a n a r el p a n con
 el s u d o r d e su ro s tro . F á c ilm e n te se c o m ]>renden los g ra v ís im o s p e lig ro s á q u e en
 e s ta s c o n d ic io n e s s e e x p o n e n m u c h a s jó
 v e n e s, s i lio e n c u e n tr a n s e g u ro asilo y
 p e rs o n a s d e c o n fia n z a q u e les h a g a n de
 m a<lre; q u e e s p re c is a m e n te la nobilísim a
 m isió n q u e c u m p le n la s H ija s d e M aría
 A u x ilia d o ra , la s c u a le s h a n a b ie r to este
 a ñ o p a s a d o d o s P e n s io n a d o s m á s ; uno
 e n I n t r a , j u n t o a l L a g o M ayor* y o tro en
 N u ev a s C asas y obras
 G rig n a sc o , p ro v in c ia d e N o v a ra .
 de la s H (jas de M aría A uxiliadora.
 L a s H ija s d e M a r ía A u x ilia d o ra de
 L a s Hijiks d e M a ría A u x ilia d o ra , ó H er B a rc e lo n a (E sp a ñ a ) h a n a b ie r to e n su
 c a s a u n Pensionado s e m e ja n te á los a n te 
 m a n a s S a le sia n a s, c o n s titu y e n la s e g u n d a
 ra m a d el á rb o l s a le s ia n o , y su s o b ra s rio re s, p a r a las jó v e n e s q u e a s is te n á la
 ci^ecen unVs y m á s c a d a d ía en b en e tíc io
 E s c u e la N o rm a l, p o r c u y o m o tiv o deben
 d e la s n iñ a s . E n e fe c to : á m á s d e d a r a le ja rs e d e s u s fa m ilia s.
 V a r ia s o tra s fu n d a c io n e s h a n llev ad o
 m a y o r d e s a rro llo á la s C a sa s y a e x is te n 
 tes, h a n to m a d o la d ire c c ió n d e u n In s  á c a b o e n A m é r ic a , d e la s q u e solo re 
 t i tu t o e n A sc o li P ic e iio , y a b ie r to A silo s, c u e rd o la s d e L a P l a t a ( A r g e n tin a ) y
 
 (U ru g u a y ), d o n d e h a n a b ie r to u n
 Colegio, u n O b ra d o r y u n O ra to rio fe s 
 tivo. E n P u n ta r e n a s (E s tre c h o d e M a g a 
 llanes) se h a n h e c h o c a rg o d e l H o s])ita t,
 V en J u u ín d e lo s A n d e s (P a ta g o n ia ) h a 
 bían fu n d a d o E s c u e la s , O b ra d o r y O ra 
 torio fe stiv o , q u e h a n c o rrid o , e n las p a 
 sadas in u n d a c io n e s , l a m is m a s u e r te d e
 nuestros d e m á s I n s t i t u to s .
 F r u t o s d e v u e s t r a c a r id a d
 s o b re l a tu m b a d e n u e s t r o P a d r e .
 íTo q u e d a r ía c o m p le ta e s ta b r e v e M e 
 moria s o b re lo s fr u to s d e v u e s t r a c a rid a d ,
 si no d ije ra a l m e n o s u n a p a la b r a d e l p r e 
 cioso m o n u m e n to , q u e h a c ié n d o o s eco d e
 Ins e x c ita c io n e s d e l a ])re n sa c a tó lic a ,
 habéis le v a n ta d o ju n t o á la t u m b a d e
 nuestro c o m ú n P a d r e D o n B osco, com o
 Somenaje In te r m c io n a l á s u q u e rid o r e 
 cuerdo. U n a v e z te rm in a d o s el M u se o d e
 las M isio n e s S a le s ia n a s y l a h e rm o s a
 iglesia q u e d e d ic a m o s á n u e s tr o p a tro n o
 S. F ra n c is c o d e S ales, s e rá n u n m a g n í
 fico m o n u m e n to d e v u e s t r a c a rid a d , q u e
 m ucho h a h e c h o el p a s a d o a ñ o e n fa v o r
 de e ste H o m e n a je , si b ie n e s v e r d a d q u e
 aun n o h a n p o d id o c u b r ir s e p o r co m 
 pleto lo s e n o rm e s g a s to s q u e h a o c a sio 
 nado. S i v u e s t r a c a r id a d c o n tin ú a g e n e 
 ro sam en te a u x ilia n d o á la J u n t a P ro m o 
 tora, b ie n re c o g ie n d o a d h e s io n e s ó a d 
 quiriendo a lg u n o d e lo s o b je to s q u e m ás
 a d e la n te s e d e s tin a r á n á e s te o b je to , es
 casi s e g u ro q u e p u e d a in a u g u r a r s e a n te s
 de q u e te r m in e el p re s e n te a ñ o . P o r lo
 que á m í to c a , d o y y a d e s d e a h o r a la s
 más v iv a s g ra c ia s á la J u n t a P ro m o to ra ,
 á las c e lo sa s D a m a s P a t r o n a s y á la in 
 finidad d e J u n t a s lo c a le s q u e s e h a n
 co n stitu id o e n m u c h a s p a r t e s , p o r lo
 m ucho q u e y a h a n h e c h o , y p o r lo a ú n
 más q u e h a r á n en e s te n u e v o a ñ o , p u e s
 á m ás d e la n e c e s id a d d e e x tin g u ir la s
 m iicbas d e u d a s c o n tr a id a s , q u e d a to d a 
 vía b a s ta n te p o r h a c e r, p a r a t e r m i n a r p o r
 com pleto.
 P r o y e c to s p a r a e l A n o S a n to .
 D u r a n te e s te a ñ o e n q u e c e le b ra m o s
 el XnhUeo M ayor, n o d e b e f a lta r n o s v u e s 
 tra c a rid a d p a r a e l d e s a rro llo y a fia n z a 
 m ien to d e la s C a s a s y a fu n d a d a s , p u e s
 esto h a d e r e d u n d a r e n b ie n d e l a r e li
 gión y d e la s b u e n a s c o s tu m b re s , p r e 
 cipuo o b je to d e n u e s t r a S o c ie d a d . M i
 m ayor d e s e o h u b ie r a sid o n o a b r ir n i n 
 g u n a o t r a O a sa ó M isió n d u r a n t e e l A ñ o
 S anto, p e r o lo s com x)rom isos c o n tra id o s,
 
 m u c h o s d e los c u a le s n o p u d e c u m p l i r e l p a 
 sa d o añ o , m e o b lig a n á o c u p a rm e d e n u e v a s
 e m p re s a s . D e a q u í q u e v u e s tr a c a rid a d ,
 b e n e m é rito s C o o p e ra d o re s , d e b a e n d e re 
 z a rs e a n t e to d o á re c o g e r s u s f r u to s e n tr e
 lo s m ile s d e n iñ o s q u e se a lb e r g a n en
 la s C a sa s S a le s ia n a s , á q u ie n e s d e b e rá
 p ro v e e r d e a lim e n to y v e s tid o , d e m a e s 
 tro s , lib ro s y h e r r a m ie n ta s p a r a la s a r te s
 y oficios, á fin d e q u e n o le s fa lto la co
 m o d id a d d e in s tr u ir s e y a p r e n d e r u n a r te
 c o n q u e g a n a r s e h o n r a d a m e n te e l p a n
 d e l a v id a y s e r ú tile s á sí m ism o s y á
 su s s e m e ja n te s . E n s e g u n d o lu g a r, d e b e
 v u e s tr a c a rid a d d ir ig ir s u s c u id a d o s á lo s
 c ie n to s d e C lé rig o s e H ijo s d e M a ría q u e
 s ig u e n l a c a r r e r a e c le siá stic a , á q u ie n e s ,
 a l ig u a l d e n u e s tro s n iñ o s, d e b e m a n te 
 n e r y v e s tir y fa c ilita r le s los e s tu d io s , p a r a
 q u e d e e s te m o d o n o n o s fa lte n S a c e rd o 
 te s y M isio n e ro s, M a e s tr o s y A s is te n te s ,
 q u e o c u p e n lo s h u e c o s d e ja d o s v a c ío s p o r
 lo s m u e rto s y e n fe rm o s, y ta m b ié n p a r a
 q u e, a u m e n tá n d o s e el n ú m e ro d e los o b re 
 ro s e v a n g é lic o s , p o d a m o s e x te n d e r c a d a
 d ía m á s y m á s e l re in o d e J e s u c r is to p o r
 to d o e l m u n d o . E s te ú ltim o m o tiv o d e b e
 p o d e r o s a m e n te e s tim u la ro s á d irig ir ta m 
 b ié n v u e s tr a c a rid a d á n u e s tr a s M isio n e s,
 e s p e c ia lm e n te á la s t a n c o m b a tid a s d e
 la T i e r r a d e l F u e g o y d e la P a ta g o n ia ,
 e n d o n d e , p u rific a d o e l te r r e n o p o r l a a c 
 c ió n d e s o la d o ra d e la s a g u a s , b ie n p o d e 
 m o s d e c ir q u e h a q u e d a d o e n sa z ó n y
 b ie n d is p u e s to p a r a s e r d e n u e v o c u ltiv a d o
 p o r la s b e n é fic a s m a n o s d e lo s C o o p e ra 
 d o re s S ale sia iio s. N o se h a n e s ta b le c id o
 lo s M isio n e ro s S a le sia iio s, co m o b ie n s a 
 b é is, en a q u e lla s ai> ar(ad as re g io n e s, e n
 b u s c a d e oro, s in o d e a l m a s ; n o e n m e d io
 d e c o m o d id a d e s, s in o e n t r e m il m o le s tia s
 y tra b a jo s; d e a íp ií la n e c e s id a d q u e sie m 
 p r e tie n e n , p e ro e s p e c ia lm e n te e s te añ o ,
 d e v u e s tro s so c o rro s , y a p a r a a t e n d e r á
 la s m á s p e r e n to r ia s n e c e s id a d e s d e la
 v id a p ro p ia y d e los in d io s y p ro c u ra rle s
 á é s to s los ú tile s n e c e s a rio s p a r a a m a e s 
 tr a r lo s
 su s tra b a jo s , co m o p a r a r e 
 c o n s tr u ir la s C a p illa s e n q u e se r e ú n a n
 lo s n u e v o s c r is tia n o s á im p lo r a r la s m i
 se ric o rd ia s d e D io s, y re e d ific a r los C o le
 g io s y A silo s e n q u e se re c o ja n lo s h ijo s d e
 lo s in d io s, p a r a e d u c a rle s c r is tia n a m e n te
 é in s tr u ir le s s u fic ie n te m e n te á fin d e p o 
 d e r u n d ía s e r v ir s e d e e llo s e n l a c o n 
 v e r s ió n d e s u s c o m p a trio ta s . ¡Y a v e is
 c u a n to s y c u a n p re c io so s f n ito s p o d é is
 re c o g e r, f o m e n ta n d o e s ta s o b ra s q u e co n 
 
 —
 
 fiam o s á v u e s tro ce lo y c a rid a d ! P e r o iio
 (is e s to to d o : el c o r rie n te a ñ o c o n ta re m o s
 con u n a M isió n e n la E e p ú b lic a d e N ic a raj^ u a (A m é ric a C e n tra l), l a c u a l h a d e
 s e r u n a n u e v a m in a d e m é r i t o s y s a b r o 
 sos f r u to s d e v id a e t e r n a p a r a c u a n to s
 im rtic ip c n á su fu n d a c ió n y s o s te n im ie n to .
 A d e m á s ,á ú ltim o s d el p re s e n te , s e c u m 
 p lirá n 25 a ñ o s q u e los S a le s ia n o s s e e s ta lile c ie ro n cu A m é ric a , y u n a c ir c u n s ta n 
 c ia ta n im p o r ta n te co m o la s Bodas de
 P lata d e n u e s tr a s M isio n e s, n o d e b e p a 
 s a rs e en el o lv id o . A s í es q u e n u e s tro s
 h e rm a n o s d e a q u e lla s r e g io n e s s e jiropon en c e le b ra r u n a s e rie d e fie sta s, d e las
 (pie á .su tie m p o o s in fo rm a r á el B o l e t ín ,
 p a r a d a r p ú b lic a m e n te la s m á s r e n d id a s
 g ra c ia s á D io s p o r los in m e n s o s b e n e fi
 cio s q u e en e se tie m p o n o s h a c o n c e d id o ,
 y e s p e c ia lm e n te p o r e l im p o r ta n te y r á 
 p id o d e s a rro llo d e n u e s tr a O b ra e n a q u e 
 llos p a ise s. Y o n io c o n te n to con d a ro s
 e s ta lig e ra in d ic a c ió n p a r a q u e os u n á is
 (‘s te añ o co n n o s o tro s y n u e s tr o s M is io 
 n ero s, y ju n to s d e m o s g ra c ia s al S e ñ o r
 p o r s u s m u c h a s b o n d a d e s , ó im p lo re m o s
 a b u n d a n te s b e n d ic io n e s p a r a l a s M isio n e s
 y to d a s n u e s tr a s d e m á s O b ra s.
 P o r la b r e v e re s e ñ a q u e a c a b o d e h a 
 cero s, h a b r é is p o d id o c o m p re n d e r, a m a 
 d o s C o o iie ra d o re s, q u e n i e s p e q u e ñ o n i
 e s té ril el c a m p o a b ie r to á v u e s tr a c a rid a d
 d u r a n te el A ñ o S a n to . F e r tiliz a d lo con el
 fr e c u e n te ro c ío d e v u e s tr a s g e n e ro s id a d e s ,
 y q u e d a rá n lle n a s v u e s tr a s a lm a s co n la
 a b u n d a n c ia d e su s fru to s. T e n ie n d o s ie m 
 p r e p re s e n te lo m u c h o q u e d e b e m o s h a 
 c e r e s te a ñ o , e sp e ro d e v u e s tr a b o n d a d
 no só lo q u e re c ib iré is co n in d u lg e n c ia la s
 fr e c u e n te s jie tic io n e s q u e os d irija , sin o
 q u e os a d e la n ta r e is á m is e x c ita c io n e s
 im p u ls a d o s p o r el celo d e la g lo r ia d e
 D io s y la s a lv a c ió n d e la s a lm a s, ta n to
 m á s e n e s ta s c irc u n s ta n c ia s e n q u e el
 .íu b ile o o s s e r á d e c o n tin u o e s tím u lo p a r a
 e n riq u e c e ro s d o b ie n e s e s p iritu a le s , con
 e l m á s fre c u e n to e je rc ic io d e la s o b ra s
 d e m is e ric o rd ia . E n ]m rtic u la r m o d o e x 
 h o rto h u m ild e m e n te á c u a n to s a u n n o h a 
 y a n c o n te s ta d o á m i ú ltim a c irc u la r, q u e
 n o se p riv e n d e lo s g o ce s q u e p ro p o r
 c io n a la c a rid a d , y d e los m u c h o s m é rito s
 q u e o b te n d r á n a n te D io s, a y u d a n d o al
 s o s te n im ie n to d e la s m u c h a s o b ra s b e n é 
 ficas q u e p e s a n so b re lo s S a le s ia n o s y
 s u s C o o p e ra d o re s.
 P e r m itid m e a l lle g a r á e s te p u n to u n a
 lig e r a d ig re s ió n . Y a e n la a n t i g u a le y se
 
 8
 
 —
 
 c e le b ra b a el J u b ile o , h a b ié n d o s e p ro p u e sto
 D io s, q u e es to d o c a rid a d , a l in stitu irlo
 a c o s tu m b ra r al p u e b lo h e b re o á se r be
 n ig n o y m ise ric o rd io so co n s u s prójim os.
 P o r e s ta ra z ó n , d u r a n te el a ñ o ju b ila r se
 c o n d o n a b a n la s d e u d a s , la s fin ca s volvían
 á su s p rim itiv o s d u e ñ o s , lo s d e ste rra d o s
 re to r n a b a n á la p a tr ia y los esc la v o s oIh
 te n ía u l a lib e r ta d . A má.s d e esto , debía
 c e s a r to d o tr a b a jo p a r a c o n s a g ra rs e com 
 p le ta m e n te a l c u lto d iv in o , fo rm a n d o ])ob re s y rico s, a m o s y c ria d o s u n corazón
 solo p a r a a la b a r y b e n d e c ir al S eñor, por
 lo s b e n e fic io s re c ib id o s.
 A h o r a b i e n ; to d a s la s c e re m o n ia s de
 la a n t i g u a le y , n o e ra n , co m o d ice S. P a 
 b lo , sin o u n a fig u ra d e la s su b lim e s cosas
 q u e h a b ía n d e s u c e d e rs e en la le y nueva;
 l>or lo q u e el J u b i l e o h e b re o i>refiguraba
 el J u b i l e o c ris tia n o , q u e es el v erdadero
 a ñ o d e la r e tr ib u c ió n , el a ñ o acep to á
 D io s, en el q u e e s p ir itu a lm e n te se cum ple
 c u a n to m a te r ia lm e n te se c u m p lía en el
 p u e b lo h e b re o . Y si b ie n es v e rd a d que
 e n la le y d e g r a c ia n o se n o s m a n d a la
 d e v o lu c ió n d e los te rr e n o s á s u s anterio
 re s p ro p ie ta rio s , n o lo es m e n o s que el
 S e ñ o r d e s e a q u e lo s q u e h a n sid o favore
 cid o s co n b ie n e s d e fo r tu n a , a b u n d e n en
 so co rro s co n lo s p o b re s, lo s h u érfan o s y
 la s v iu d a s, y la s o b ra s d e beneficencia
 p ú b lic a . P o r e s te m o tiv o os d ije al prin
 c ip io d e la p re s e n te , q u e co n m ay o r con
 fia n z a lla m a ría e s te a ñ o á v u e s tra s i>uería s p a r a a n im a r o s á e je c u ta r e n m ayor
 n ú m e ro la s b u e n a s o b ra s d e c a rid a d . Bien
 sé el e m p e ñ o con q u e to d o s, a m a d o s Coope
 ra d o re s, p ro c u ra re is lle n a r cu m p lid am en te
 la s c o n d ic io n e s p a r a g a n a r el Ju b ile o ,
 e n t r e la s c u a le s n o son la s m e n o s im por
 ta n te s la c a rid a d y b u e n a s o b ra s e n favor
 d e n u e s tro s p ró jim o s. Y p o rq u e lo sé y
 m e es co n o c id o e s e e m p e ñ o , d ese o faci
 lita ro s el c u m p lim ie n to p rin c ip a lm e n te
 d e e s ta s d o s c o n d ic io n e s, s e ñ a lá n d o o s las
 m u c h a s o b ra s d e c a rid a d q u e os d ejo in
 d ic a d a s p a r a e s to añ o , co n lo c u a l d u p li
 c a re is el m é rito , p u e s á lo s b en eficio s del
 J u b ile o , se u n irá n los q u e s e d e r iv a n de
 n u e s tr a P í a U n io n , a p lic a b le s á la s b en 
 d ita s a lm a s d e l P u rg a to rio .
 N o n e c e s ito e sp e c ific a ro s e s to s bienes,
 q u e to d o s c o n o c é is; m e c o n te n to t a n sólo
 co n d e c iro s q u e to d o s e llo s se co m p en 
 d ia n en la re c o m p e n s a q u e e l S e ñ o r tie n e
 re s e r v a d a á c u a n to s s e o c u p a n e n o b ra s
 d e c a rid a d . D u r a n t e su v id a m o r ta l,
 n u e s tr o S e ñ o r J e s u c r is to d e jó tra slu c ir
 
 -
 
 más d e u u a v e z c u a l s e r ía e s t a re c o m 
 pensa. D a d y s e os d a rá , n o s d i c e : D ate
 et dabiUir vobis. — S e v e r te r á e n v u e s tro
 seno u n a b u e n a m e d id a , a p r e ta d a , r e m e 
 cida y c o lm a d a : M ensiiram bonam, etcon-
 
 fectam, et coagitatam, et superjlnentevi dab m t in sim nn vestrum. E n o tro lu g a r n o s
 dice: B ie n a v e n tu r a d o s los m is e ric o rd io 
 sos, p o rq u e ello s a lc a n z a r á n m i s e r i c o r d ia :
 
 Beati mieericordeSj quoniam ipsi misericor(luim coiisequentiir. E s , p u e s, p a la b r a d e
 Dios, d e c ía D . B o sco d e s p u é s d e h a b e r
 citado e s ta s s e n te n c ia s , q u e los q u e d i s 
 pensan la c a rid a d á s u s p ró jim o s y t i e 
 nen e n tra ñ a s d e c o m p a sió n so c o rrie n d o ,
 ayudando y c o n s o la n d o á lo s a flig id o s
 y n ec esitad o s, e n c o n tr a r á n c a rid a d y m i
 sericordia. E s p a la b r a d e D ios, y la p a 
 labra d e D io s n o fa lla . N o s a b e m o s el
 como y c u a n d o c u m p lirá D io s su i)rom esa,
 l>ero es d e fé q u e n o h a d e fa lta r. xV v e c e s
 Dios c u m p le e s ta p ro m e s a p re s e rv a n d o
 (le u n a q u ie b ra á las p e rs o n a s c a r ita tiv a s ;
 alejando d e su s c a m p o s ó g a n a d o s al<rima g r a n d e s g r a c ia , ó im p id ie n d o ó
 tn in can d o á tie m p o u n ru in o s o p le ito ; y
 otras v e c e s tr a y e n d o a l b u e n s e n d e ro á
 lina p e rs o n a a m a d a ; d a n d o g r a c ia a b n n (liinte p a r a v e n c e r u n a ]>asioii d o m in a n te
 ó s u p e ra r u n a g r a v e te n ta c ió n , c o n c e 
 diendo u n a r o b u s ta s a lu d ó iire s e rv a n d o
 (le gravo.sa.s e n fe rm e d a d e s , y d e m il y m il
 otros m ed io s (pie s e r ía la r g o y d ifíc il
 em uucrar.
 .Seamos, p u es, p re c a v id o s , a m a d o s C oo])eradores; y s ie n d o a s í q u e c u a n d o m e n o s
 lo p en sem o s p o d e m o s t e n e r a p r e m ia n te
 necesidad d e la in d u lg e n c ia y m is e ric o rd ia
 de D i o s , h a g á m o s le n u e s tr o d e u d o r
 con n u e s tra s b u e n a s o b ra s y c o m p a sió n
 >:ou n u e s tro s p ró jim o s, y d e e s te m o d o le
 teinlrem os s ie m p re p ro p ic io y d is p u e s to
 á ciu n jd irn o s su s p ro m e sa s e n e l c u e rp o
 y en el a l m a , e n v id a y e n m u e rte , en
 el tiem p o y e n la e te r n id a d . E s m u y
 cierto q u e D io s n o s e d e ja v e n c e r e n g e uerosidad; p o r lo q u e si n o s o tro s p o r su
 amor d a m o s co m o u n o . E l n o s d e v o lv e r á
 como c ie n to ; n o s d a r á e l c é n tu p lo en
 •sta v id a , y en l a o tr a la re c o m p e n s a p o r
 excelen cia,q u e la s a b r a z a t o d a s ; s u g lo ria
 y la v id a e te r n a . Centuplum accipietis et
 níam eeternam possidebitis.
 
 G-ratitnd. — Conclusión.
 p u e d o t e r m i n a r l a p r e s e n te s in d i
 rigiros o tr a v e z u n a p a la b r a d e c o rd ia lí»imo a g r a d e c im ie n to p o r lo m u c h o q u e
 
 9 -
 
 h a b é is h e c h o y c o n tin u a r e is h a c ie n d o en
 f a v o r (le la s O b ra s S a le s ia n a s. A to d o s
 os d o y las g r a c ia s y q u e d o iiro fu n d a m e n te re c o n o c id o , p u e s m e rc e d á v u e s tra s
 s o lic itu d e s n u e s tr a s O b ra s n o h a n v e n id o
 á m e n o s. O s a s e g u ro q u e con m a y o r e m 
 p eñ o , si c a b e , p e d irá n a l S e ñ o r p o r v o s 
 o tro s y v u e s tr a s fa m ilia s d u r a n te el A fio
 S a n to lo s h ijo s d e D o n B o sco ; p o d iráti
 ig u a lm e n te p o r v o so tro s la s H ija s d o
 M a r ía A u x ilia d o r a ; lo s n iñ o s y n iñ a s (pie
 se a lb e r g a n e n to d a s n u e s tra s ’ O asas, p a 
 g á n d o o s msí e n o ra c io n e s el b ie n q u e Ies
 p ro p o rc io n á is co n v u e s tr a c a r id a d ; y Iosin d io s d e la P a t a g o n i a y T i e r r a d el
 F u e g o , q u e m e rc e d á los m e d io s (jue nos
 h a b é is p ro p o rc io n a d o , h a n sid o arraucado.sd e las tin ie b la s d e la id o la tría y d e los^
 c a m in o s d e p e rd ic ió n , y tra íd o s á los a d 
 m ira b le s e s p le n d o re s d e la fó. E n c u a n to
 á m í, m e h a r é un deb(*r d e p e d ir todo.s
 lo s d ía s p o r v o s o tro s , e s p e c ia lm e n te e n
 la S a n ta M isa , s u p lic a n d o al S e ñ o r (jiio
 p ro s p e re v u e s tr a s sii.stau cias y a u m e n to
 los d o n e s d e v u e s tro e s p í r i t u ; q u e os d e
 v id a l a r g a y fe liz y a p a r t e c u a lq u ie r d e s 
 g r a c ia d e v u e s tr a c a s a y fa m ilia , y (pie
 c u a n d o lle g u e la h o ra s u jire m a d e p a s a r
 á la e te r n id a d , os a c o m p a ñ e , consueh^ y
 a s is ta n u e s tr a q u e r id a M a d r e M a ría A u 
 x ilia d o ra , lle v á n d o o s á la pose.sion d e los
 b ie n e s c o n q u e D io s p re m ia l a c a rid a d d e
 s u s esc o g id o s.
 S e a m i ú ltim o p e n s a m ie n to p a r a las
 s a n ta s a lm a s d e l P u r g a to r io . M u c h o s soic
 lo s C o o p e ra d o re s q u e c a d a a ñ o i)a.saii á
 l a e te r n id a d ; y b ie n (pie los S a le sia n o s.
 H ija s d e M a r ía A u x ilia d o r a y ciianto.s
 d e e llo s d e p e n d e n e le v a n d ia r ia m e n te p o r
 e llo s o ra c io n e s a! A ltís im o , n o p o r es(»
 h e (le d e ja r d e e n c o m e n d a r in s is te n te 
 m e n te s u s a lm a s á v u e s tra s o ra c io n e s.
 P id a m o s á D io s q u e se d ig n e a c o g e r su.s
 a lm a s e n el se n o a m o ro so d e s u m is e ri
 c o r d ia , lle v á n d o la s p ro n to a l d e s c a n s o
 e te r n o , y te n g á m o s la s e n m o d o e sp e c ia l
 p re s e n te s e n la s o ra c io n e s y b u e n a s o b ra s
 q u e h a g a m o s d u r a n te e l A ñ o S a n to .
 E n c o m e n d á n d o m e ta m b ié n y o y á m is
 h e rm a n o s, H ija s d e M a ría A u x ilia d o ra ,
 y n u e s tro s n iñ o s a l eficaz y v á lid o a p o y o
 d e v u e s tr a s o ra c io n e s, co n s u m a g r a titu d
 m e s u b s c rib o d e to d o s, b e n e m é rito s C oo
 p e ra d o re s, o b lig a d ís im o s e r v id o r e n n u e s 
 tr o S e ñ o r J e s u c r is to ,
 M I G U E L B U A , P b io .
 T n r íü , 1 d e E n e ro d e 3900.
 
 —
 
 10
 
 —
 
 LAS INUNDACIONES DE LA PATAGONIA
 y
 
 A m is io n e s
 
 S a ,le :s ia .n ^ s
 
 ------------<<----------------------------------
 
 Rvdmo. Sr. D . M ig u e l R ü a .
 A mado P a d r e :
 BOPUNDAMENTE adolorado todavía por
 
 las grandes desgracias que han
 caído sobre nuestras Misiones, tomo
 la pluma para dar á Y. R . más
 completa y exacta noticia de los
 destrozos que han causado las últimas inunda
 ciones, en todos estos territorios. De Yiedma le
 diré lo que yo misino he presenciado, aunque
 no me será posible hacerlo con el orden y mi
 nuciosidad que algunos pudieran exigir, por no
 haber podido tomar los requeridos apuntes en
 aquellos días de continuas zozobras, de angustias
 y temores, y en los que apenas si nos fué con
 cedido un momento de reposo. En lo referente
 á los demás puntos inundados, me haré fiel eco
 de las noticias que á viva voz ó por escrito me
 han comunicado personas fidedignas, que presen
 ciaron los acontecimientos.
 5ÍI vallo d ol R ía N e s i’O — Su fe rtilid a d —
 C au sa s d e la in u n dación — l>uracioii de
 la m ism a — Sin te lé g ra fo — Angustias
 y consuelos.
 
 Ante todo creo conveniente dar á V. R . una idea
 de lo que es el valle del Río Negro, puraque
 pueda tener un conocimiento más acabado de las
 cosas. Tiene este vallo una extensión de 700 ki
 lómetros próximamente y una anchura que varía
 mucho. En algunos puntos, denominados travefiúts,
 se acercan tanto las cuchillas 6 lomas que lo
 limitan en toda su longitud, que el Río Negro,
 que lo bafia de Oeste á Este, corre entre altas
 paredes y estrechamente encajonado; en otras se
 separan tanto, que en ciertas épocas del año no
 se divisa el Río en la vasta llanura que forman.
 Añádase á esto, que así el Río Negro como el Río
 (1) E u unestro Uestto do ito p riv n r A uuostros bouem éritos Cooperudorea dol in te ré s de la p resente rela
 ción, nos dec'iditnos á p n b lie a rla ín teg ra en este mimero, no ol>staute su extensión y el consiguiente
 retraso que con esto deben su frir los muobos o riginales
 que tenem os eorapuestos y debemos re tira r.
 Do este modo, a l mismo tiem po que se hacen cargo
 de la ininortanoia y m a g n itu d de los dados sufridas,
 eomproudoríín la im periosa nei'esidad de acu d ir cuanto
 antes en socorro de esas M isiones, que tan tísim o bien
 hau ya hecho y ta n to pneden h acer au n , si so las
 piot«^e en la m edida de su g ra n necesidad.
 
 Chubut tienen desembocaduras cuya amplitud
 no guarda relación con el gran caudal de agua
 que arrastran en sus grandes crecientes. Es ob
 vio, pues, que la superabundancia de agua que
 no logra tener salida al mar, se derrame en el
 valle.
 En las llanuras y en lugares poco elevados,
 pero fértiles, tanto que las hortalizas, los ce
 reales, la vid y los árboles frutales de todo
 género se crian aquí espléndidamente, es donde
 se habían formado las poblaciones de que han
 dado buena cuenta las últimas crecientes.
 Con estas lijeras indicaciones, es fácil concebir
 los desbordes y las inundaciones de Julio pasado.
 Una sola arteria fluvial, el Río Negro, recoge
 las aguas de una gran extensión de cordilleras,
 no es, pues, de extrañar que si fenómenos físicos,
 debidos á causas anormales, como las grandes
 lluvias que hemos tenido á principios de este
 invierno, vienen á aumentar aquel caudal de
 aguas, éstas, no teniendo más salidas al océano
 que el estrecho cauce de ese río, impotente para
 contenerlas, las deje salir de madre, y es muy
 natural que busquen su nivel, extendiéndose de
 cuchilla á cuchilla, é inundando de paso las po
 blaciones del valle.
 Las crecientes no son, pues, una novedad para
 los habitantes del Río Negro, que en más de
 una ocasión han tenido que retirar sus haciendas
 de los lugares bajos, para llevarlas á la cuchilla.
 y hasta se han visto amenazados por el agua, que
 llegaba á lamer las puertas de sus casas. Pero
 rarísimas veces han tomado las aterradoras pro
 porciones de la de este año, cuyo recuerdo du
 rará siempre y so trasm itirá de padres á hijos,
 debido á los espantosos efectos que ha producido.
 El valle del Río Negro, antes tan fértil y lleno
 de vida, está ahora cubierto de ruinas en una
 estension de 500 leguas cuadradas, y ha sufrido
 un retroceso de más de cien años en la vía de
 su colonización y progreso.
 Hace ya casi un siglo hubo una inundación
 algo parecida á ésta, aunque no tan grande. Los
 pocos supervivientes que aun quedan, la recuer
 dan todavía. Entonces, como ahora, Yiedma. que
 estaba en sus comienzos, fué destruida, trasla
 dándose sus habitantes á la orilla opuesta del.
 río, bastante más elevada sobre el nivel de éste,
 donde echaron los cimientes de Cai'men de Pa-
 
 —
 
 tágones. Algunos años más tarde empezaron á
 establecerse en la otra parte varias familias, y
 Yiedma fué construida de nuevo.
 Los días de nuestras desgracias han sido mu
 chos y muy largos. Empezó la creciente los
 últimos días de Mayo en el Territorio del Neuquen; de aquí pasó á Roca, y sucesivamente á
 luá demás pueblos liasta llegar á Viedma y Pa-^
 tagones á últimos de Julio. ¡Dos eternos meses
 de pérdidas continuas, de peligros, de llanto y
 desolación é inenarrables angustias!
 Los primeros daños, de peores y más inme
 diatas consecuencias, causólos la creciente en las
 
 11
 
 —
 
 cual nos hizo saber que nuestros hermanos de
 Roca y sus niños se habían salvado en las co
 linas próximas al pueblo, y que habían empren
 dido el viaje á Bahía Blanca, donde con frater
 nal afecto se les esperaba y disponía generosa
 y cordial hospitalidad.
 Estas noticias nos alegraron á todos, y qui
 taron á nuestro corazón el enorme peso que lo
 oprimía; el horizonte empeziiba á despejarse, por
 lo que, aumentando nuestra confianza en Dios,
 continuamos con mayor ardor tomando providen
 cias para prevenir ó aminorar en lo posible los
 peligros que nos amenazaban.
 
 Viedma inundada. — 27 de Julio do 1899.
 
 vías de comunicación. E l camino de hierro re
 cientemente construido, y que debía inaugurarse
 á primeros de Julio, para lo cual había ya sa
 lido de la capital el Presidente de la República,
 quedó destruido en una estension de más de 150
 Km., y con él fué igualmente destruido el te
 légrafo de esa y otras lineas, dejándonos así in
 comunicados de nuestros hermanos é Hijas de
 María Auxiliadora de Roca, Junín de los Andes,
 Cbos-Malal, Conesa, Pringles y Chubut, y en la
 imposibilidad de tener noticias ciertas de su
 suerte. Déjole imaginar á V. B ., amado Padre,
 lo amargos y dolorosos que serían para nosotros
 aquellos días de incertidumbres y temores, du
 rante los cuales oíamos frecuentes y contradic
 torias noticias, todas alarmantes, sobre la suerte
 de nuestros hermanos. Desde Montevideo, Buenos
 Aires y Bahía Blanca nos llovían telegramas
 con ansiosas preguntas, pero ¿qué podíamos nos
 otros responder, si nada de cierto sabíamos ? De
 esta m ortal angustia sacónos D. Borghino, el
 
 P ara seguir algún orden en esta relación,
 empiezo por la dolorosa historia de Roca, que
 fue la más castigada por el tremendo azote.
 Dejo la palabra á uno de nuestros hermanos de
 aquella Casa Salesiana.
 I>a M isión d e R o c a — Prlm eroH MintomoH
 d e la Inundación — P a r a d a fo rzo sa en
 C h il-fo ró — C onstrucción d e te rra p le 
 nes — T ríate vaticinio — H u id a á las
 colinas — £1 p u e b lo in u n d a d o — £ n la
 Iffleaia.
 
 Nuestra Misión de Roca, que tantos pasos
 había ya dado por la vía del progreso y tanto
 prometía, está de luto. La ciudad de Roca,
 como más próxima á la confluencia del Limay
 y Neuquén, que forman el Río Negro, fué la
 primera en experimentar los efectos de la inun
 dación y la más castigada. Tranquilos y confíados vivían sus habitantes en la seg u rid ^ de que
 las obras de defensa que habían construido eran
 más que suficientes para el caso, pero en un
 
 —
 
 abrir y cerrar de ojos fueron destruidas, y el
 pueblo inundado. Si no se han tenido que
 lamentar desgracias personales, fue debido á la
 prontitud con que todos huyeron á las colinas,
 pero en cambio nadie pudo salvar nada más que
 lo que tenía puesto: la impetuosidad con que
 se presentó la creciente y la seguridad en que
 vivían los vecinos, no permitieron otra cosa.
 Entro ahora en detalles sobre lo ocurrido á
 nuestra Misión.
 La prijuera crecida del 31 de Mayo, que
 apenas nos dió el tiempo necesario para telegra
 fiar á V. 11., ocasionó gravísimos daños á nuestra
 Colonia Agrícola, comenzada poco hace. Los edi
 ficios de la Escuela Agronómica y dos molinos
 quedaron destruidos, soterrando bajo sus ruinas
 todos los aperos y un hermoso motor. Igual
 suerte sufrió la casa que habitaba el hortelano,
 salvándose la familia casi por milagro. La estensa huerta, que ya producía bastante y daba
 gusto verla, quedó completamente cubierta de un
 grandísimo estrato de arena, que impedirá por
 muchos años toda vegetación. Esta desgracia me
 ha sido tanto más sensible, en cuanto que ha
 privado á nuestra comunidad de un precioso ele
 mento de subsistencia, y deja al hortelano y su
 familia en el mayor abandono. Estos fueron los
 primeros efectos de la creciente, por cierto muy
 msignificantes en parangón de los que más tarde
 nos produjo.
 El día l de Julio era el señalado para la
 inauguración del ferrocarril de Buenos Aires á
 Roca. Con este fausto motivo, el pueblo entero
 estaba de fiesta y por todas partes se veían
 banderas y otros signos que denunciaban la ge
 neral alegría. Este solemne acto debía ser pre
 sidido por el Presidente de la República, Ecimo.
 tír. Roca, y en él figurarían, á más de las au
 toridades locales, los más conspicuos personajes
 de la nación, que acompañaban en su viaje al
 Presidente. Desgraciadamente tan suspirada fiesta
 no pudo celebrarse, y el general contento tro
 cóse de súbito en tristísimos ayes y profundo
 luto, á causa del improviso y espantoso creci
 miento del río, que en un momento inundó las
 calles y plazas y los alrededores del pueblo,
 haciendo así imposible la inauguración de la vía,
 que también quedó cubierta de agua en una
 extensión de 150 Km., hasta Chil-foró, donde el
 Presidente con toda su comitiva tuvo forzosa
 mente que pararse, cumpliendo allí la ceremonia.
 Para prevenir y neutralizar los efectos de otra
 Y muy probable crecida del río, las autoridades
 civiles y milifiires de Roca, á la cabeza del pue
 blo, se dieron con inusitado ardor á construir
 nuevos y sólidos terraplenes y diques, con lo
 que el pueblo quedó libre de la tercera inunda
 ción, acaecida el 14 de JuUo, E l 16 empezaron
 
 12
 
 á circular desoladoras noticias. Decíase (¡ue .n
 el Faso de los Indios (Neuquén), á I 2 O Km.
 de Roca, había subido el río más de siete me
 tros sobre su nivel ordinario. P ara comprobar
 tan tremenda noticia, se quiso hacer uso del te
 légrafo. ¡Vano empeño! había sido cortado por
 las aguas. E l pánico fué general, subiendo de
 punto por la horrible incertidumbre en que es
 tábamos, y que nos duró dos mortales días. Esto
 no obstante y apesar de la convicción que todos
 teníamos de la proximidad de la catástrofe, no
 se movió nadie, contentándose con reforzar los
 terraplenes y construir otros nuevos. La tarde
 del 19, á eso de las dos, me encontré con el
 ingeniero m ilitar y le. pregunté su opinión. Padre,
 me dijo, todo está perdido: la catástrofe es ine
 vitable é inminente: de Roca 110 ba de quedar
 piedra sobre piedra.
 Ante afirmación tan autorizada y categórica,
 tomamos la inmediata resolución de huir, y una
 hora después abandonaban nuestras comunidades
 su pacífico asilo, para refugiarse en la Sierra.
 cadena de colinas que se elevan al norte de Roca,
 á dos kilómetros de distancia. En dos carros nos
 llevamos algunos colchones y varios otros obietos.
 que pudimos recoger de prisa y corriendo. Esto
 sucedía á las tres, y á las cuatro una enorme
 avalancha de agua .cayó sobre el pueblo, rom
 piendo los diques y arrasando cuanto se oponía
 á su paso desolador. Nuestro Director, D. Stefanelli, dirigióse á caballo á las colinas para
 dar las oportunas disposiciones, dejándonos á raí
 y á'otro sacerdote al cuidado de la iglesia, para
 consumir las especies sacramentales en caso ne
 cesario. E l agua, en tanto, crecía por momentos,
 subiendo en pocos minutos á sesenta centímetros
 en el pueblo. Nosotros nos esforzamos por salvar
 al menos algunas provisiones, pero en vista
 de la inutilidad de nuestro intento, nos dirigi
 mos á la iglesia, en la que aun no había pene
 trado el agua, y vestidos de roquete y estola,
 expusimos á nuestro Señor sacramentado y em
 pezamos á recitar las Letanías de los Santos y
 do la Sma. V irgen, los Salmos penitenciales y
 otras oraciones, que eran interrumpidas continua
 mente por los gritos de las gentes que corrían
 aturdidas de una parte á otra, buscando salva
 ción, y por los ruidos que producía el agua al
 chocar y derribar los edificios.
 Cuando el agua empezó á invadir la iglesia,
 nos confesamos mutuamente mi compañero y yo.
 y hecha una breve y fervorosa oración, empeza
 mos á consumir las sagradas hostias. Durante
 esta santa operación, subió el agua un metro y
 treinta centímetros, pero no nos asustamos, por
 que teníamos á Dios con nosotros y E l nos sal
 varía, como en efecto lo hizo.
 
 La catástrofe — Ijlaiitos y lág:rlinas — N i
 rastros «leí p u e b lo — E n la S ie rra — L a
 travesía — E l b a m b rc y la sed — E n tre
 hermanos — E l Ang^el d e l C on su elo —
 Nuestras esperan zas.
 
 A las nueve de la noche empezó con mayor
 intensidad á consumarse la completa ruina deRoca.
 Desde nuestro improvisado asilo estuvimos oyen
 do, durante largo rato, el lúgubre ruido que pro
 ducían los edificios al derrumbarse, repercutiendo
 dolorosamente eu nuestro corazón. Creíamos que
 la iglesia parroquial, am plia y hermosa y de
 reciente construcción, resistiría al empuje de las
 aguas: pero desgraciadamente no fuéasí. A me
 
 que se ha salvado no podrá ya servir para los
 fines de su construcción.
 En los días del 20 al 23 el agua siguió cre
 ciendo, hasta llegar á tres metros, con lo cual
 acabó de consumarse el esterminio del pueblo.
 Roca, la floreciente Roca, ya no existe: quedan,
 es verdad, en pié cinco casas medio derruidas,
 pero cinco casas no llegan á formar un pueblo.
 Quince días, que se nos hicieron eternos, per
 manecimos en la Sierra, sufriendo lo que uo es
 decible, no obstante lo acostumbrados que esta
 mos á sufrir privaciones. No teníamos tiendas de
 campaña, ni aun para las Hermanas, y con sólo
 24 K. de carne al día, que era la única ración
 
 L a Plaza W inter, frente al Colegio Salesiano do Viedma.
 
 dia noche se desplomó el campanario: al am a
 necer la iglesia, y poco después percibimos una
 nube de polvo y grande estrépito; era que aca
 baban de sepultarse entre las aguas los dos her
 mosos Colegios, el nuestro y el de las Hijas
 de María Auxiliadora..... A esta vista oprimióse
 fuertemente nuestro corazón, ya tan trabajado:
 ¡las fatigas y los sudón s de 14 años, mediante
 los cuales habíamos logrado edificar una Casa á
 Dios y dos pacíficos y saludables asilos para la
 niñez desvalida, acababan de desaparecer en po
 cas horas! JSl Seílor nos lo dió. E l nos lo quitó,
 SM su nombre bendito. Apesar de nuestra re 
 signación á la voluntad de Dios, nuestros ojos
 derramaban lágrimas de sangre. Es verdad que
 la destrucción no ha sido completa, pues, aun
 que en mal estado, ha quedado en pié una parte
 del Colegio nuevo. Pero habiendo sido ya trazada
 la nueva planta de Roca, á varias leguas de
 distancia de la anterior, para preservarla de fu
 t o ^ crecidas, es más que evidente que lo poco
 
 que nos pasaban, debíamos alim entar á las 70
 personas que componían nuestras Comunidades.
 Habiéndonos llegado á faltar también esto, y
 héchose, como es natural, insostenible nuestra si
 tuación, nuestro Sr.. Director, que no podía llevar
 en paciencia tantas miserias, buscó y encontró,
 por cien pesos cada uno, cuatro carros que nos
 llevaron á Choele-Choel, en donde tomamos el
 tren hasta Bahía Blanca.
 Repartidos los carros entre las Hermanas y
 nosotros, nos pusimos en marcha en el nombro
 del Señor. Debíamos hacerconlos carros 200 Km.,
 en re.correr los cuales empleamos sietes morta
 les días.
 Detallar las penalidades y sufrimientos que
 experimentamos en dichos días, sería cosa de no
 acabar nunca. Tuvimos que hacer caminos im
 practicables, atravesando páramos y montañas sin
 vejetacion alguna ni rastro de habitación humana,
 sufriendo los continuos y penosos vaivenes de los
 carros, y lo que aun fué más horrible, los estímu-
 
 — 14 —
 lo8 del hambre y de la sed. Por doloroso que
 me fuera, he debido ver á nuestros pobres huerfanitos entretener el hambre royendo descarnados
 huesos, como perros hambrientos, y con los labios
 hinchados por la sed. Bien es verdad que los
 carreteros habían mandado á varios hombres con
 muías en busca de a g u a : pero aún no habían
 vuelto, ni se tenían «-speranzas de que volvieran.
 Nosotros nos ingeniábamos de mil modos para
 mantener alegres y distraídos á nuestros pobres
 niños, pero por más esfuerzos que hacían para
 prestarnos atención, les era materialmente impo
 sible apartar sus ávidos ojos del punto del ho
 rizonte por donde se presumía debían aparecer las
 muías con la tan suspirada agua. ¡Contraste
 horrible! pocos días ante teníamos el agua al
 cuello, y ahora nos moríamos de sed. No sabiendo
 de qué nuevo expediente echar mano, empeza
 mos á encomendarnos á S. José, recordándonos
 do la sed que sin duda debió también él pasar
 en la huida á Egipto. Acabábamos apenas de
 recitar la corona de sus siete alegrías y dolores,
 cuando descubrimos allá lejos, muy lejos, un punto
 negro, que poco á poco iba tomando form a; era
 una de las muías que traía una cuba de agua.
 Excuso decir la alegría y alboroto con que la
 recibimos, y el ansia y avidez con que nuestros
 pobres niños y niñas apagaron la sed que tanto
 Ies había atormentado.
 Como Dios quiso, llegamos á Choele-Choel el
 7 de Agosto, donde tomamos algún descanso y
 el necesario alimento. Apenas pudimos, tomamos
 el tren, y ese mismo día llegábamos á Bahía
 Blanca, donde respiramos llenos de satisfacción, al
 encontrarnos entre solícitos hermanos que nos
 colmaron de atenciones. Las Hijas de Waría
 Auxiliadora, con sus huérfanas, viven en el Cole
 gio de las Hermanas de aquí; y nosotros ocu
 pamos con nuestros niños el Colegio de la Piedad,
 anexo á la Capilla del mismo nombre, en las
 inmediaciones de Bahía Blanca, donado hace ya
 algunos años por nuestro insigne Cooperador D.
 Luis d’Abren.
 Aquí luvimos la grata soi presa de encontrar
 nos con el limo. Sr. Cagliero, que había llegado
 pocos momentos antes do Buenos xVires, y se di
 rigía á Viedma. Como siempre, ha sido para
 nosotros en esta ocasión más quo padre, nues
 tro ángel consoliidor, que ha mitigado nuestras
 penas, reanimado nuestras esperanzas y aliviado
 nuestro corazón, que ha quedado, casi podemos
 decir, sepultado entre las ruiiuis de Roca,
 Como ya he dicho antes, no volverá á edifi
 carse Roca en el mismo sitio, así es que para
 implantar de nuevo la Misión habrá que hacer
 extraordinarios gastos, que por otra parte tam 
 poco se excusiuían si pudiéramos aprovechar lo
 existente. Sólo para poner en condiciones de ha
 
 bitarse el nuevo Colegio, que en parte h a que
 dado en pié, se necesitarían no menos de 30,000
 pesetas, sin contar lo que pudieran costar el Co
 legio de las Hermanas, la Iglesia y la Colonia
 Agrícola. El problema, como se ve, no se pre
 senta tan fácil de resolver; pero de esto se cui
 darán nuestros Superiores, ó mejor dicho, la di
 vina Providencia, que no ha de permitir que
 nos falten los medios necesarios.
 Q u o ru m m abita par$i fu i — U n a petición
 — CoiiCisa in u n d a d a — N uestra Casa
 con vertida e n p ú blico a silo — Em pie
 zan á b a ja r la s a gu a s — Tocio procede
 á m aravilla.
 
 Estas son, amado Sr. D. Rúa, las verídicas
 noticias sobre el infeliz estado de Boca, que ya
 contaba cerca de 900 almas, y ahora es un mon
 tón de ruinas: noticias que me ha escrito une
 que con razón puede exclam ar: quorum magna
 pars fui, porque activo cultivador de aquella,
 poco antes, tan floreciente Misión, en la hora del
 peligro se hallaba presente, trabajando de día y
 de noche en las obras de salvamento' y prestando
 su ayuda á cuantos se hallaron en grave riesgo
 de perder la vida. Ahora, triste y afligido, llora
 sobre las ruinas de la hermosa Iglesia, Casa y
 Colonia Agrícola, que sólo existen en su coinzón.
 Tal vez al leer V. R . la relación que precede,
 se preguntará: ¿Y qué fué de las autoridades
 que no aparecen por ninguna parte? De propó
 sito no he dicho nada antes, para tributar por
 separado un cumplido y merecido elogio á las
 autoridades, así civiles como militares, pues todas
 se han portado como era de esperarse, y han
 hecho cuanto humanannnte les fué posible, de
 biéndose á su celo si no han de lam entare des
 gracias personales.
 Ahora, amado Padre, dígnese escuchar la se
 gunda parte de nuestra odisea, que si no es tan
 desastrosa como la primera, tiene muchas cosas
 tristes que contar. Voy á ocuparme de Conesa,
 Pringles y Viedma.
 Es Conesa un pueblecito de 300 habitantes,
 situado sobre la orilla derecha del Río Negro, á
 80 millas de Viedma y 160 de Roca. Yo me
 trasladé á él poco después de ocurrida la inun
 dación, para cerciorarme de su estado. Con todo,
 preñero valerme de las noticias de uno de nues
 tros hermanos, el cual, habiéndose encontrada
 presente durante la catástrofe, me escribe los
 datos y precisas circunstancias de la misma.
 E l 1 de Julio llegaron aquí las primeras no
 ticias de la inundación, y el día de la Virgen
 del Carmen el Río Negro comenzó á salirse de
 madre. La autoridad y la población entera no
 se dieron punto de reposo para conjurar el pe*
 ligro, levantando por todas partes grandes terra
 plenes. Ya recordará V. R . que á Conesa la
 
 bañan el Río Negro al norte y el Sanjón al sur;
 si bien corrían llenísimos ambos Ríos, no cau
 saron el menor daño hasta el 23 de Julio. En
 las primeras horas de la tarde de este dia, el
 agua comenzó á inundar los terrenos de la pai-te
 del Sanjón. In ú til fué la actividad del Sr. D.
 Pedro López, Director General de telégrafos de
 la Argentina, que con todo el pemonal del telé
 grafo hizo lo indecible para oponerse á la corriente; inútiles los esfuerzos de la población en
 tera y de nuestros hermanos para desviar las
 aguas: en menos de tres horas toda la parte baja
 del pueblo quedó inundada, empezando el hun
 dimiento de las casas, bastante viejas y construi-
 
 su personal, ofreciéndonos hospitalidad en su
 tienda, bastante más segura que nuestra casa,
 ó instándonos para que aceptáramos, sobre todo
 las pobrecitas Hermanas, que de veras causaban
 lástima á todos. Yo se lo agradecí muchísimo, y
 le dije que tenía puesta m i confianza en María
 Auxiliadora, la cual á buen seguro que no per
 m itiría la destrucción de su casa y la de su
 divino Hijo; pero que de todos modos aceptaba
 su generoso ofrecimiento, para en el caso deque
 aumentase el peligro y nos fuera ya imposible,
 humanamente hablando, algún otro medio do
 salvación.
 Al poco rato se me prosentiron las Hermanas,
 
 R u in a s d e V ied m » . — Ago.sto d e 1899.
 
 das con adobes. No le digo nada del espanto
 general que esto produjo en el ánimo de todos,
 pues éste es más para imaginarse que para des
 crito: solo le diré que nosotros nos dimos prisa
 á ofrecer asilo y apoyo á los inundados y á todos
 aquellos que se hallaban en peligro, pues ocu
 pando nuestras obras la parte más alta del
 pueblo, esperábamos con fundamento ser respe
 tados por las aguas. Nuestra oferta fué aceptada
 inmediatamente, y nuestra residencia y el Co
 legio de las Hermanas se llenaron en un mo
 mento de hombres, mujeres y niños, sin que fal
 taran muchos animales domésticos. E l espanto
 iba creciendo á medida que las aguas aumen
 taban; muchas personas, á quienes fué imposible
 refugiarse en nuestra casa, por no coger más
 gente en ella, huyeron á las vecinas colinas de
 Conesa. Al ver el aspecto que tomaban las cosas
 y temiendo por nuestra suerte, no faltaron almas
 generosas que se acordaran de nosotros. Entre
 ellas merece especial mención el Sr. López, el
 cual se puso á nuestra disposición y con él todo
 
 llorando y suplicándome que las salvase. Esta
 ban las pobres impresionadísiinas, al ver de una
 parte la prisa que todos se daban de huir, y
 de otra el temor del peligro; más que por ellas
 mismas, temían por sus niñas. Les hice ánimo
 y recomendé mucha presencia de espíritu, y más
 que todo una gran confianza en la Sma. Virgen,
 estando bajo cuya protección no había nada que
 temer. P ara acabar de tranquilizarlas y con
 vencerlas, expuse el Smo. Sacramento y empecé
 con la Comunidad la recitación del Santo Rosario
 y el canto de las Letanías de los Santos y del
 
 Miserere.
 No creo sea necesario decir nada á V. R. de
 la noche que pasamos d^pues de un dia tan
 azaroso: le baste con saber que apenas pudimos
 pegar el ojo. La mañana del 25, el agua inva
 dió el patio, el jardín, los lavaderos y la cocina,
 y amenazaba también llegar á la iglesia; pero
 no pasó del umbral, como si una fuerza superior
 la detuviera. Con el plausible olyeto de que pu
 dieran refugiarse mayor número de inundados,
 
 II
 — 1G —
 
 nos resolvimos á quitar el Sacramento, y convertir tantos torrentes, que se han formado en sus ca
 la Capilla en dormitorio. Primero celebró el Sto. lles y sus alrededores.
 En esta floreciente Misión, contábamos con
 Sacrificio nuestro Sr. Director, D. Beraldi, y á
 <5ontinuacion la celebré yo. iCon qué fervor, que dos Colegios y una hermosa iglesia, que yacen
 rido Padre, invoqué la ayuda del Buen Jesús, ahora sepultados entre las aguas. Ocupando h
 ■cuando lo tenía en mis manos, á fin de que no posición más alta del pueblo y siendo de sólida
 permitiera que se dispersara el im sülus grex de construcción, pudieron resistir sin graves daños
 •Conesa! Y parece (jiie el Señor se compadeció el ímpetu de las aguas en la primera y segunda
 de nosotros, pues el 26 las aguas empezaron á avenida; pero desgraciadamente no sucedió así
 descender notablemente, hasta reducirse á su or la tercera, que cayó sobre el pueblo tan de im
 dinario volumen. El pueblo que menos ha su proviso y con tanta furia, que lo inundó comple
 frido en la inundación fue Gon/sa, habiendo sido tamente. Figúrese V. R . cual no sería el terror
 muy conbidus las casas que han caido, y éstas de nuestros hermanos y de las Hijas de María
 Auxiliadora, tanto mayor en cuanto que el Di
 de las más viejas.
 Esto no obstante, los ganados que pacían en rector estaba ausente. Había ido á Viedma para
 estos alrededores han sufrido bastante, habiendo interesará las autoridades, á fin de que previnieran
 perecido muchas reses: pero estas pérdidas serán en lo posible los enormes destrozos que ocasio
 pronto compensadas, pues los pastos se presen naría una tercera avenida, que él tenía por se
 tan muy aliiindantes y lozanos. Respecto á nues gura. En el pueblo no quedaban en estos crítico-^
 tras necesidades, nos bastan los socorros del go- momentos más que las Hijas de María Auxilia
 l)ierno para cubrirlas por el momento. Tamb en dora con sus huérfanas, pues la gente había
 la caridad pública ha venido en nuestro auxilio, huido con tiempo á las colinas, y dos Salesiancs
 respondiendo generosamente al apremiante llama para vigilar la Casa y la Iglesia, y salvar á
 miento (juo le dirigió nuestro celoso Gobernador, aquellas en caso necesario.
 Como era natural, quedaron completamente
 Gr. Tello. Debemos tributar en modo particula
 rísimo un homenaje de cordialisima acción de rodeadas de las aguas, permaneciendo en esta
 gracias á María Auxiliadora, á la cual se debe peligrosa situación dos mortales días, hasta que
 el que esta nuestra Casa no fuera inundada, llegó de Viedma el Director, con recursos y viveros
 •como lo fueron las demás, razón por la cual para todos los habitantes, y barcas para los casos
 cuantos en ella se refugiaron gozaron de relativa de apuro. Gracias á la solidez de la casa j ú
 tranquilidad, pues además por nuestra parte no la oportunidad con que llegó el Director, no tu
 ■escatimamos sacrificio alguno para hacerles me vimos que lamentar sensibles desgracias.
 Oiga ahora V. R . un precioso rasgo que ino
 nos sensible el estrago que en sus casas había
 narró
 la Superiora de nuestras Hermanas.
 ocasionado la corriente. ¡De todo sea gloria á
 En medio de la consternación general y mien
 Dios y á María Auxiliadora!
 Hasta aquí la relación de nuestro querido her tras todas estábamos ocupadas en huir hacia la
 mano. Por mi cuenta puedo añadir que en mi cumbre, llevando cuanto nos había sido posible
 ■visita al pueblo he visto con gran complacencia salvar, oí á una de las indiecitas que teníamos
 que todas las cosas han vuelto á su ordinario en la escuela, niña de pocos años, que me lla
 curso, así en casa como en el pueblo. D. Beraldi, maba desde lejos y gritaba: Lo salve, hermana,
 que forma parte de la Comisión de socorros, hace lo salvé. Deseosa de saber cual sería el objeto
 cuanto puedo en unión de todos los hermanos, tan precioso, cuya salvación alborozaba tanto ú
 para remediar en lo posible la miseria de los in aquella pequeñuela, me volví, y en su mano
 felices que vivian en el campo, que han sido los levantada, vi que agitaba un pequeño libro: Era
 su Catecismo.
 más perjudicados.
 Este rasgo, añade la Hermana, que hubiera
 C o m p leta ilOHtrii<*cloii d e I*i*liigle.s — E l
 bastado para poner de manifiesto los sentimientos
 tercer aluvión — K od en d os d e lans a^ uom
 piadosos de una persona mayor, es mucho más
 — Saivam eiito — liO salvé, h erm a n a, lo
 digno de admiración en una pequeña niña, hija
 »«nlvé — llo n d a d <le l>iO!!t — G u an a co —
 del desierto.
 liO c a y su icida — E l futuro PrinjfleN.
 En el entre tanto, distraído el Si*. Director,
 Pasemos ahora á Pringles, que estaba situado que al mismo tiempo es intendente municipal, en
 en un amenísimo valle á la orilla izquierda del dar las órdenes oportunas para evitar desgracias y
 Río Negro, á 90 leguas de Viedma y Patagones. salvar lo más que fuera posible, no echó de ver
 Este pueblo, que contaba ya unas 500 almas, que las aguas habían inundado la iglesia y ame
 ha quedado completamente inhabitable, por su nazaban derruirla y sepultar á nuestro Señor Sa
 posición demasiado baja, y sobre todo por los cramentado. Notando esto nuestro hermano co
 grandes y numerosos zanjono.''. que semejan otros adjutor Antonio Patriarca y viendo b imposibi-
 
 — 17 —
 lidad de avisar al Sr. Director, que era el
 único sacerdote que había en el pueblo, penetró
 valerosamente en la iglesia, sin cuidarse del
 grave peligro que corría, abrió el Sagrario y,
 cogiendo con suma reverencia el copón, se lo
 llevó á las colinas, colocándolo al abrigo de una
 improvisada cabaña, que desde este momento se,
 convirtió en centro de atracción de las almas,
 tan atribuladas y necesitadas del divino consuelo.
 En esta improvisada y mísera capilla celebraba
 todos los días el Sr. Director y distiibuía la
 sagrada comunión. Un mes después, visitando yo
 los pueblos inundados, celebré también en dicho
 lugar. ¡Cuan bueno es nuestro Señor, que se
 deja llevar de cualquiera y colocar en todo lugar
 por amor de ios hombres!
 Para que mejor pueda comprenderse la an
 gustiosa situación por que atravesó Pringles,
 especialmente durante la últim a crecida, termino
 con este terrible episodio. Por tres días conse
 cutivos estuvo un pobre hombre, llamado Guanaco,
 sobre el tejado de su cabaña en compañía de su
 mujer, corriendo á cada momento el peligro de
 ser arrastrado por la corriente. La mujer, que
 se había vuelto loca á causa del terror que se
 apoderó de ella, se quitó miserablemente la vida,
 al siguiente día de haber sido salvada. Esta ha
 sido la única víctima de la inundación, no h a 
 biéndose tenido que lamentar ningún otra des
 gracia personal, debido al celo de las autoridades.
 Nuestros Colegios y la Iglesia ó se han caído
 ó están en ruinas, por lo que no podrán ya
 ser habitados. A más de esto, el pueblo será
 reedificado en un lugar más apropósito y menos
 espuesto á futuras inundaciones. Los planes han
 sido encargados por las autoridades á nuestro
 hermano D. Juan Aceto: y mientras no estén
 terminados y aprobados, lo que se hará lo más
 pronto posible, los habitantes no abandonarán las
 cabañas que se han construido sobre las colinas,
 no obstante los sufrimientos y privaciones que
 esto les acarrea.
 Viedm a — I.<om p rim e ro s síntom as — .S.
 J ai'ier — L u c h a p o r la v id a — IiiiitllcM
 esfuerzos — VeiMlatlero A rc a €le X o e —
 De.sde e l o b se rv a to rio — L a p la z a d e
 la G o b e rn a c ió n — E l v a p o r I*o m on a —
 \ u estro C o le g io tra n sfo rm a d o en de*
 pendencias gubernativas.
 
 El orden que me he fijado seguir en esta re
 lación, me pone en la dolorosa precisión de tra
 tar de nuestra querida Viedma, la que fué flo
 reciente capital del Kío Negro y hoy no es más
 que un informe montón de ruinas. T á la verdad,
 que pocas veces mi pluma se ha visto tan em
 brazada como ahora. Los temores, las angustias
 y las penalidades sufridas en aquellos tristísimos
 días de una parte, y de otra la falta de apuntes.
 
 que no pude tomar porque, siendo miembro de
 la Comisión Central de Socorros, apenas tuve un
 momento de reposo, me ponen en grave aprieto
 al tratar de reconstituir los hechos. Fiado, sin
 embargo, en los auxilios de nuestra querida Ma
 dre María Auxiliadora, haré cuanto pueda para
 salir airoso en mi empeño.
 E l 18 de Julio, Viedma empezó á verse se
 riamente amenazada por las aguas, por lo qu ■
 desde este mismo día nuestras previsoras auto
 ridades dieron orden para la inmediata construc
 ción de terraplenes, trabajo en el que tomó parte
 todo el pueblo y cuantos Salesianos hubo dispo
 nibles. La mayoría do la gente, sin embargo,
 no creía en la inminencia del peligro, apesar de
 tenerlo casi á las puertíis. Los trabajos de de
 fensa procedían cada día con mayor actividad al
 NO. del pueblo, redoblándose ésta cuando empe
 zaron á llegar varias familias de los pueblos ya
 inundados, lo cual era indicio seguro de la pro
 ximidad del peligro.
 El día 20 supimos con espanto la destrucción
 de la aldea de S. Javier, á unos 25 Km. apena?^
 de la Capital, habiéndose podido refugiar sus
 habitantes en las próximas alturas. La Comisión
 les mandó inmediatamente socorros, que recibie
 ron, sí, pero muy tarde á causa de lo impetuoso
 de la corriente del río. La actividad con que se
 trabajaba en las defensas, convirtióse en estos ú l
 timos momentos en la loca desesperación del que
 lucha por la vida, sin que esto fuera óbice para
 que las fantasías se gozaran con la esperanza de
 librarse del peligro. ¡Cuan cierto es que la espe
 ranza es la últim a prenda de que se desprenden
 los mortales! La tarde del día 21 empezaron las
 aguas á abrir brecha en los terraplenes que de
 fendían el NO. del pueblo, y á inundar éste en
 su parte más baja. E l peligro se hacía ya casi
 inevitable; con todo, las autoridades así civiles
 como eclesiásticas hicieron un último y supremo
 esfuerzo, trabajando día y noclie con todos sus
 dependientes en reforzar los diques; pero todo
 en vano. La mañana del 22 vi desde nuestro
 observatorio avanzar rápidamente enormes masas
 de agua, que al caer sobre el pueblo rompieron
 toda barrera y en menos de media hora todo
 quedó inundado. En las cárceles el agua subió
 desde los primeros momentos á dos metros; los
 presos se salvaron todos, habiendo sido trasla
 dados á Patagones, debidamente custodiados. El
 agua seguía creciendo con increíble rapidez, sin
 que obstáculo alguno pudiera contrarrestar su
 fiiriosa espansion: todo lo invade, todo lo inun
 da, todo lo destruye. En la plaza de la gober
 nación subieron en pocos momentos á cinco
 metros. Con la prontitud que exigía el caso, qu;
 no adm itía espera, procedieron las autoridades á
 la salvación de los habitantes que aun no habían
 
 —
 
 huido. Nosotros empezamos por mandar á nues
 tros pequeños á Carmen de Patagones, donde á
 toda prisa se preparaban locales para recibir á
 los inundados. ¡Daba compasión ver á muchos
 niños arrudillarse á implorar la misericordia de
 Dios, con las manos puestas bajo las rodillas,
 como habían visto hacer á varias personas ma
 yores, pidiéndole además que no permitiera que
 tuvieran que abandonar su asilo, pues afuera
 
 hacia mucho frío!
 El 23, no obstante la festividad del día, era
 Domingo, todo el mundo, también nuestros her
 manos y algunos niños de los más crecidos, tra
 bajaron con febril actividad para sacar de las
 casas y trasladar á lugar seguro lo más que se
 pudiera. Las aguas, en tanto, crecían, crecían,
 siendo tal y tan grande la fuerza d éla corriente,
 que no sólo envolvía y arrastraba á los anima
 les que se aventuraban á cruzar el río, sino que
 más de una vez volcó las barcas ocupadas en el
 salvamento de personas y enseres, y hasta se
 llevó río abajo techos de casas, sobre algunos
 de los cuales iban caballos, perros y otros hués
 pedes por el estilo que habían buscado en ellos
 su refugio.
 Ocupando nuestros Colegios el punto más ele
 vado del pueblo, y á donde no se esperaba que
 pudiera llegar el agua, fueron desde un princi
 pio el refugio de todos los que no pudieron huir
 por otra parte. Hasta fue el punto de cita de
 todos los cuadrúpedos del pueblo. Caballos, bueyes,
 perros, gatos, cerdos y un sinnúmero de aves de
 corral se atropellaban por entrar en busca de su
 último refugio. Trabajo costaba desembarazarse
 de esta avalancha de animales que, conociendo
 el peligro, luchaban con los seres racionales por
 poner en salvo su vida. En una puerta quedó
 una grande abertura, casi de un metro de diá
 metro, praticada por los animales que habían
 quedado fuera, no se sabe si para acallar el
 hambre ó para buscar manera de ponerse en
 salvo. Lo cierto es que por él lograron colarse
 en el colegio tantos huéspedes de cuatro patas,
 que aún ahora se ven en todas partes señales de
 su puso. Fueron éstos los mayores enemigos de
 las mercaderías que so había logrado salvar.
 Validos de uñas y piós luchaban por encaramarse
 sobre las pilas de sacos ó de muebles, y lo que
 más fácilmente lograban en su lucha desespe
 rada, era derribarlo todo con estruendo. Se han
 visto perros y gatos dentro de cestos ó cajas
 que nadaban sobre las aguas, y cerdos muy arre
 llenados en butacas y mesas de valor.
 Estos espectáculos hubieran bastado para des
 pertar la hilaridad, si escenas muy tristes y
 desgarradoras, que se sucedían con vertiginosa
 rapidez, no hubieran valido más de una vez para
 arrancar lágrimas.
 
 18
 
 —
 
 E l 24 llegó el vapor Tomona con alguüc«
 socorros, y 24 barcas para el salvamento. Acce
 diendo á mis instancias, las autoridades trasla
 daron á nuestras Casas las oficinas de la gober
 nación, de la comisaría y del telégrafo con todo
 el personal respectivo. Las muchas personas que
 se habían refugiado, como he dicho, en nuestros
 Colegios, que además estaban desde el primero
 al último piso abarrotados de todo género de
 enseres que habían podido salvarse, se iban poco
 á poco trasladando en barcas á Carmen de Pa
 tagones, como lugar más seguro. En esta ope
 ración varios de nuestros hermanos se vieron
 más de una vez en peligro de perecer, pero
 pudieron salvarse merced á la protección de Ma
 ría Auxiliadora.
 I..a p laza W iiit e r — F o rz o s o al»aii«lono —
 PiadoRio ep isod io — A e ío h eroico —
 N uestro ütacrifieio — C arm en d e Pata
 c on es — R ogativas — L a torm enta —
 l> o lo ro sa so rp re sa — C ristian a raridad
 — Coligados d e un a ra m a — E l limo.
 Sr. C aifliero y e l Sr. G o b e rn a d o r del
 T errito rio .
 
 E l día 25 amanecimos aislados y rodeados
 por todas partes de las aguas, que cubren com
 pletamente la plaza W inter. frente á nuestros
 edificios. Esta plaza, destinada á mercado, ocupa
 uno de los puntos más elevados de Viedma, así
 es que al cubrirla las aguas, solo quedaban todavía
 libres nuestras Casas y la Iglesia. El trabajo
 c-ntinúa siempre activo para poner al seguro
 nuestros enseres y los del pueblo, que nos han
 sido confiados. La mañana del 26, viendo que
 las aguas continuaban creciendo, me decidí á
 celebrar la santa Misa, para poder consumir las
 Sgdas. Formas: los demás sacerdotes hicieron la
 comunión, por no haber tiempo para otra cosa.
 Pero no me fué posible consumirlas todas, pues
 bacía apenas unos días que, como de costumbre,
 se habían consagrado tres copones, siéndonos
 imposible prever que el agua habría alejado á
 los amigos de la santa Comuniou.
 El agua, en tanto, había llegado á tres metro?
 en la Plaza W inter, por lo que las autoridades,
 sirviéndose de la fuerza armada, obligaron á las
 personas que aun quedaban, á abandonar el pue
 blo, lo que hicieron también al momento las
 Hijas de María Auxiliadora y nuestros Herma
 nos, menos cinco que se quedaron conmigo y con
 el ingeniero Sr. Schieroni, únicas personas á
 quienes esceptuaba la orden. E l P. Carroñe,
 ayudado de los enfermeros á sus órdenes, tomó
 á su cargo el traslado de los enfermos que ha
 bía en el hospital. Dejo á la consideración de
 V. R. lo doloroso que resultaría esta escena para
 todos, pues al espanto que se había apoderado
 de los enfermos, se unía la ninguna voluntad
 
 con que dejaban su morada. El P . Garrone su
 fría también lo que no es decible; pero no ha
 biendo otro remedio, hizo continua violencia á su
 corazón y verificó el traslado lo más cómoda
 mente que era posible en tales circunstancias, y
 sin incidente alguno desagradable.
 Mientras el Sr. Gobernador daba en la Plaza
 Winter, completamente inundada, las órdenes
 oportunas á este objeto, yo, desde la torre de
 nnestro observatorio meteorológico, á la que había
 subido para ver si descubría á alguna persona
 
 corriente á fin de buscar medios para salvar á
 su mujer y á sus hijos, que se encontraban en
 peligro de morir a b o rd o s : y si pronto no se
 acudía en su socorro, perecerían.
 E l paraje indicado por ese infeliz se hallaba
 muy distante. Ninguno de los boteros presentes,
 agotadas las fuerzas por los trabajos de la no
 che y del día anterior, se animaba á aventurarse
 en la empresa, de resultado problemático en
 primer lugar, y luego muy arriesgada.
 El pobre náufrago entre tanto lloraba y soli-
 
 V is ta de P a ta g o n e » in u n d a d o .
 
 en peligro, vi venir á lo lejos á un hombre que.
 en lucha desesperada con la corriente, estaba
 próximo á perecer. Avisé inmediatamente al Sr.
 Gobernador, que mandó gente en su socorro.
 Cuando el infeliz llegó á la plaza, sus facciones,
 debido al terror y al cansancio, estaban comple
 tamente trasformadas. No fué posible arrancarle
 una palabra, y sólo salían de sus labios gemidos
 inarticulados. Dos robustos hombres le tomaron
 en brazos y le introdujeron en una de las piezas
 del Colegio. Habiéndole hecho tomar una bebida
 estimulante y calentado sus miembros rígidos y
 entumecidos por el frío, abrió desmesuradamente
 los ojos, y exclamó con voz ahogada y como quien
 despierta de un sueño: allá, allá mujer y tres
 hijos. T se esforzaba por levantar la mano, como
 para señalar el horizonte, hacia el sur.
 Al recuperar el habla y las fuerzas, manifestó
 qoe venía desde muy lejos dentro del agua,
 nadando en muchas partes y luchando con la
 
 citaba con vivas instancia.s que se acudiera
 luego en auxilio de su esposa é liijos. El Sr.
 Gobernador se empeñal>a en demostrar á los
 barqueros la necesidad de que cumplieran con este
 acto heróico de caridad. En esto acertó á pasar
 por allí una de las embarcaciones del vapor Pomona ocupada en el salvamento, al mando del
 segundo del buque y de dos marinercs.
 Al tener conocimiento de lo que se trataba,
 se ofrecieron sin más para ir al lugar del pe
 ligro, y embarc^ando al infeliz esposo, partieron
 en el acto. No es para contado el atrevido y
 peligroso viaje de estos valientes. Baste saber
 que después de un esforzado trabajo de remos y
 de siete horas de lucha desesperada con la co
 rriente. salvando ya alambrados que les cortaban
 el paso, ya troncos y escombros que arrastraban
 las aguas, llegaron al rancho que se les había
 indicado, donde encontraron á la mujer y á los
 niños con las ansias de la muerte pintada en el
 
 -
 
 20
 
 rostro y á punto de zozobrar, subidos en el techo de
 la casa fjue, pocos momentos después de puestos
 en salvo, desaparecía arrastrada por la corriente.
 La tarde do este mismo día trasladóse el tír.
 Gobernador á Patagones para urgentes asuntos
 de varias horas; dejándonos al frente de todo al
 Sr. Scliíeroni y á mí. Hasta este momento, nues
 tra casa había sido respetada por las aguas.
 Do repente una enorme mole de agua se des
 prende del lado de la cuchilla^ la parte opuesta
 del río, donde se liabía formado una gran laguna,
 y con creciente rapidez se deja caer sobre el
 lado sur del colegio. En pocos minutos se inun
 daron lodos los patios. Los brocales de los pozos
 so trocaron en otras tantas fuentes. El líquido
 elemento surgía del suelo por todas paites. Con
 esto no tardaron en llenarse también los salones,
 á pesar de que sus puertas habían sido tapiadas
 con ladrillos y cemento. El agua subió hasta
 alcanzar allí, que era el punto más elevado del
 pueblo, un metro y medio do altura.
 Al anochecer el Sr. Gobernador nos mandó
 una orden perentoria para que nos trasladáramos
 todos á Patagones, á excepción del ingeniero y
 dos hoinbre.s, que debían pasar la noche sobre
 una barca que se les había dejado de reserva.
 Las noticias que se habían recibido, eran verdarlernmento aterradoras. Un propio que acababa
 de llegar, traía un aviso para el Sr. Gobernador,
 advirtiüiidole de que en la confluencia de los ríos
 fnmay y Neu((uéii, que forman el Eío Negro,
 liabia habido una nueva crecida de seis metros.
 Comuniqué al P . Garrone y á mis otros cuatro
 «•inuparieros la orden de raarclm, y excuso decir
 á V. li. el ánimo con que fué recibida..... El
 abandono de estos tan queridos edificios de la
 Misión, que tantos sudores y sacrificios nos ha
 bían costado y que podemos decir que eran vida
 do nuestra vida, y centro de nuestro corazón,
 filé para todos un dolor inexplicable. De nuestros
 ojos empezó á caer un torrente de lágrimas, y
 nuestro corazón se resistía á la obediencia, pues
 ;'i duras penas se convencía del peligro, no obs
 tante tenerlo presente. Ofreciendo á Dios el
 «•norme sacrificio que nos costaba la obediencia,
 subí á la torre del observatorio, icé la bandera
 á inedia asta, y á los pocos momentos se pré>.‘ntó á recogernos ol comandante Sr. Albarracín,
 ]>ara trasladarnos á bordo del vapor Rio Negro,
 que en aquellos días se dodicalxi al salvamento.
 .\ntes de p a rtirm e dirigí á la Iglesia.que es
 talla ya inundada, y puéstome un roquete y la
 estola, temé el Sacramento y lo trasladé á P a
 tagones. La presencia de nuestro Señor mitigó
 algún tanto el acerbo dolor que nos afligía. A
 nuestra llegada á Patagones, nos salieron al en
 cuentro nuestros hermanos, que nos consolaron
 V nos rodearon de atenciones.
 
 —
 
 Carmen de Patagones, así llamado en honor
 de nuestra Sra. del Carmen, está situado frente
 á Viedma, á la izquierda del río, y 35 metros
 más alto que el nivel de éste. Cuenta con 6000
 habitantes, incluyendo en este número á los que
 viven en sus alrededores, y es el pueblo más
 antiguo de la Patagonia y el centro y emporio
 del comercio de estas regiones. Aquí nos hemos
 refugiado todos los inundados, y diariamente ha
 cíamos públicas rogativas, pidiendo al Señor
 que olvidara nuestros pecados y se apiadara de
 nosotros.
 Los día 27 y 23 aumentó la creciente, y el
 agua subió á dos metros en nuestro Colegio. Y
 como si aun no lucran bastantes nuestras des
 gracias, un viento huracanado acabo de poner
 la nota lúgubre á tamaño cúmulo de desastres
 y miserias. Muchas casas permanecían aun en
 pié: pero el viento huracanado de aquella noche
 de infierno, que se había desencadenado sobre el
 valle, azotaba las aguas, que impelidas contra
 los edificios, daban cima á la obra de destruc
 ción, anunciándolo con su espantoso estruendo á
 gran distancia. Patagones anhelaba de zozobra y
 espanto. Los habitantes aterrados temían tanto
 por su seguridad, como por la de los que habían
 alliergado én sus techos hospitalarios, y nadie
 estaba seguro de ver la aurora que había de
 suceder á aquella noche de terror. ¡Y los temo
 res de Patagones no fueron infundados! Los edi
 ficios de la calle Boca, situada en la ribera,
 donde se contaban liastantes comercios y casas
 de particulares, entre ellas una nuestra, fueron
 completamente destruidos aquella noche; como
 igualmente el entero barrio llamado E l bañado.
 situado al Este del pueblo, en lugar muy bajo.
 Fácil le será comprender á V. K. los apuros en
 que se verían los habitantes de la parte alta de
 Patagones para recoger y dar albergue en esos
 días de desolación á las millares de personas que
 habían quedado sin hogar y en la miseria. Sin
 embargo, la caridad de este pueblo, nunca des
 mentida. halló medios para cobijar en su seno
 á los que fueron víctimas de los elementos, y
 aun hoy continúa amparando y socorriendo á las
 que lo han menester. Nosotros, si bien con las
 consiguientes estrecheces, pues nuestra casa no
 es muv grande, no lo pasamos del todo mal.
 Con 80 K. de carne y 50 de galleta, que dia
 riamente nos pasaban las Socias de las Confe
 rencias de S. Vicente, á quienes repetimos
 nuestro agradecimiento, alimentábamos á unas
 300 personas. Para dormir disponíamos de dos
 salones algo pequeños, es verdad, pero al fin nos
 ponían al abrigo de la intemperie.
 El día 29 empezaron las aguas á bajar. El
 P . GaiTone y el H. Massini pasaron á Viedma
 en busca de medicinas para los enfermos, y des-
 
 —
 
 21
 
 j'ifectantes para las casas, encontrándose con la
 desagradable sorpresa de que la noche precedente
 bahía sido visitada nuestra Casa, llevándose los
 cacos bastante ropa blanca y todos los pares de
 zapatos, nuevos y viejos, que había en la zapa
 tería. A la vuelta tomaron una pequeña barca,
 creyendo no correr peligro alguno; pero la co
 rriente arrastró á aquella á un bosque de sauces
 y chopos, haciéndola chocar tan fuertemente con
 tra éstos, que volcó y se sumergió por completo.
 El P. Garrone tuvo apenas tiempo de agarrarse
 como un desesperado á la rama de un sauce, y
 
 L a Calle Roca en Pataíjoucs.
 
 de este modo se salvó él y salvó á los compa
 ñeros. El H. Massini luchó algún tiempo con
 las aguas, hasta que pudo aferrarse á un pié del
 P. Garrone; el barquero, como más agil, col
 góse del cuello de éste. En tan apurada situa
 ción, permaneció el P . Garrone algún tiempo,
 hasta que fué visto por los marineros del vapor
 Pomona. que le mandaron una barca, que no
 pudo llegar, porque la corriente la arrastró á
 ‘dra parte. Si el vapor lito Negro no hubiera
 mandado otra al mismo tiempo, habríamos tenido
 '|ue lamentar una gran desgracia. Al llegar á
 Patagones, todos felicitaron al P . Garrone por
 la serenidad y valor que había demostrado en el
 peligro.
 El 30 y 31 el agua continuó bajando con ra
 pidez: por lo que. habiendo quedado libres de
 agua los pisos bajos de nuestros Colegios, tras
 ladóse á ellos el Prefecto, D. Veneroni, con la
 mayor parte de los hermanos para proceder á
 los trabajos de reparación.
 Si no temiera molestar la atención de V. R .,
 le describiría la penosísima impresión que reci
 
 i
 
 —
 
 bimos al entrar de nuevo en Viedraa. Me limito
 por consiguiente á decirle que más de una vez,
 durante estos luct-osos días, he debido agradecer
 en mi corazón al Señor el haberme hecho Salesiano, al ver la caridad y el heroísmo con que
 se han portado todos nuestros hermanos. ¡De
 todo sea gloria á Dios!
 Antes de pasar adelante, creo de mi deber
 hablar con V. K., aunque no sea más que una pa
 labrita. del celo y actividad de que nos ha dado
 nuevas pruebas el limo. Sr. Gigliero. Siguiendo
 antigua costumbre, S. lim a, aprovechó el in
 vierno para la visita anual
 de nuestras Casas del llrasil,
 Uruguay y Argentina, salien
 do de Viedma el 13 de Junio,
 antes de que empezaran his
 inundaciones. Pero á causa
 de los varios síntomas que se
 habían notado en el río, y co
 mo si previese lo que liabía
 de pasar, nos dió su pastoral
 liendicioii y marchóse no del
 todo tranquilo, por lo cual
 nos dejó muy encomendado
 que le tuviéramos bien al
 corriente de cualquiera nove
 dad, como así lo hicimos.
 Durante aquellos días de
 prueba, iiue.stra corresponden
 cia telegráfica fué casi con
 tinua, dando cuenta nosotros
 de las novedades, y recibien
 do de S. lima, órdenes y conse
 jos oportunos. Volvió ciianda
 las aguas se habían ya retirado casi por completo,
 y si no lo hizo antes, en los días de mayor peligro,
 fué porque su presencia nos era más útil y ne
 cesaria en Buenos Aires, para informar al Go
 bierno del lastimoso estado de estos valles, j
 mover y despertar la caridad pública en nuestro
 favor, y el resultado que S. lim a, obtuvo en
 sus gestiones, no pudo ser más lisonjero, tanto
 que los primeros socorros que nos llegaron fue
 ron fruto de ellas. Sirviéndose de la prensa, des
 parramando m ultitud de circulare.s, visitando fre
 cuentemente á las autoridades supremas y á fa
 milias particulares, recurriendo á las Asociaciones
 de beneficencia y echando mano de mil otros
 recursos que supo sugerirle su celo y ardiente
 caridad, el limo. Sr. Cagliero logró aliviar en
 mucho la miseria y el abandono de los pobres
 inundados. Más tarde, cuando llegó á Viedma,
 no se dió punto de reposo, visitando á los damni
 ficados, yendo de familia en familia acompañado
 solo de su secretario, para enterarse mejor y por
 sí mismo de las necesidades de cada uno. y en
 una palabra, animando y consolando á todos.
 
 Concluyo este párrafo dirigiendo una palabra
 de encomio á nuestro digno Gobernador Sr. Tello,
 por la actividad ,ue desplegó así durante la
 inundación, como después de ella; y por el celo
 con que atendió á todos; por la equidad con
 que distribuyó los socorros, y por la energía con
 que desempeñó su deber, debiéndose á ello el
 que no hayamos tenido que lamentar desgracia
 alguna personal.
 Ii]ii o l ]Veu<|uón — C lio s -M a la l — E¡n
 hÍ o ii — lliiy ii^ ca iiio — li^n F o r t ín G u a 
 n a r o — SalvadoH m lla K ro H a in ea te —
 .liiiiín (le I on A i k I on — F i i e l C liu b u t.
 
 Para que estos ligeros apuntes resulten más
 completos, justo es que diga algo á V, R . de
 los destrozos causados por las inundaciones en
 los Territorios del Neiiquén y del Chubut.
 Chos-Malal, capital del Neuquén, cuenta con
 unos 600 habitantes y está situado sobre la
 orilla izquierda del río Neuquén, á 400 Km.
 do la confluencia de éste con el Limay. Nuestra
 Misión en este pueblo cuenta pocos años de exis
 tencia, no obstante lo cual ha hecho notables
 progresos. Si bien no fiió tan grande como las
 que dejo narradas, la inundación causó bas
 tante daño en el pueblo, no perdonando á la Iglesia
 ni á la Casa-Misión. Antes de empezar la inunda
 ción, el Director, R . P . Gavotto, había salido á
 dar algunas misiones, y no pudo estar de vuelta
 hasta que aquella terminó y las cosas volviei’on
 á seguir su curso ordinario. Según los datos que
 tomo de una de sus cartas, el 12 de Mayo salió
 de Chos-Malal, dirigiéndose hacia el Oeste. En
 Huyngamo dió una Misión de 6 días, distri
 buyendo unas 50 Comuniones. No siéndole po
 sible vadear el Neuquén, á causa de la crecida,
 siguió su curso por espacio de 5 Km. dando
 Misiones en otros varios centros de población.
 El 24 de Mayo, fiesta de nuestra querida Madre
 María Auxiliadora, se aventuró á pasar á la orilla
 opuesta del río, que continuaba creciendo, y lo
 hizo por un sitio bastante peligroso, en donde
 el día anterior se había aliogado un pobre hom
 bre, demasiado confiado en sus habilidades de
 buen nadador. Continuó misionando por la orilla
 derecha del río, y pudo distribuir 300 comunio
 nes. Al llegar á Fortín Guanaco, lluvias torren
 ciales le obligaron á parai’se 35 días. En este
 poblado se vieron en peligro de muerte él y su
 ciitoquista. Hé aquí como él mismo lo cuenta.
 « A las 11 de la mañana del 16 de Julio, fiesta
 de N tra. Sra. del Carmen, empezó el río á cre
 cer en tales proporciones, que bien pronto el
 pueblo se vió amenazado por las aguas. Antes
 de acostarnos, inspeccionamos el río y nos cer
 cioramos de que no comamos peligro alguno.
 Pero nos engañamos lastimosamente, ó por mejor
 
 decir, el río no tuvo para nada en cuenta nues
 tros cálculos. A eso de las tres me desperté azo
 rado, pues me parecía oir muy cerca el ruido
 del agua. Intenté encender la luz, pero no pude;
 las cerillas estaban empapadas de agua. Sin pér
 dida de tiempo desperté á mi compañero y á
 tres hombres que dormían profundamente cerca
 de nosotros, y sin esperar á vestirnos del todo,
 salimos medio desnudos á la calle, llevándonos
 cuanto nos fué posible. Ya era tiempo: pocos
 momentos después, se desplomó la casa. Me di
 rigí á la Iglesia con el agua á la cintura y en
 medio de la oscuridad hice lo posible para sal
 var los vasos y ornamentos sagrados. Calados
 hasta los huesos y chorreando agua, nos retiramos
 á las próximas colinas en espera del nuevo día. »
 En Junín de los Andes el agua, penetró en
 los edificios de la Misión, subiendo medio metro.
 Pero siendo casi insignificantes los daños que
 produjo, paso enseguida á ocuparme del Terri
 torio del Chubut, donde la inundación hizo rela
 tivamente mayores destrozos que en el del Río
 Negro. E l Territorio del Chiibnt cuenta apenas
 con cinco centros de población: Rawsón, capital,
 y las Colonias de Gaimán, Trelew, Madnjn y
 
 16 de Octubre.
 Dejo la palabra al R . P . José Vespignani, el
 cual, después de haber hospedado en el Colegio
 de Almagro á los Salesianos y niños de aquellas
 Misiones, publicaba en el diario católico de Bue
 nos Aires L a Voz de la Iglesia^ la siguiente
 interesante relación.
 Fi'íiiicroN tem orcN — F a ta l «‘oiinaiizn —
 IiiipotuoNa iiiuiKlaeion — T e rrib le sor
 p re sa — l>estrii(*cioii com pleta de
 los Coles:loH «le la Itlision — I.<oablc
 coiKliicta y a<>ei*ta<las «lisposieioiies del
 Sr. G o b e rn a tlo r — C arid ail «le una bata
 na fa m ilia Italiana.
 
 Con el vapor Santa Cruz llegaron el 9 de
 Agosto á Buenos Aires dos Padres Salesianos del
 Chubut, acompañando á 11 pobres huerfanitos.
 de ellos 5 indios y uno oriental, de 3 años de
 edad. Cinco Hermanas, H ijas de M aría Auxi
 liadora. de la misma Misión, traen cuatro indiecitas sustraídas á la inundación del Río Chu
 but, acaecida el 27 de julio, con más violencia
 y mayores desastres que la del Río Negro, por
 que menos esperada.
 El 23 de julio tuvieron anuncio los de Rawsóii de que era inminente una inundación; pero
 como los antiguos vecinos de esa Capital recor
 daban una inundación de 14 años antes que fué
 más bien una creciente y llegó á pocos centí
 metros de altura, la población no se preocupó
 de disponerse á salir, y sólo trató de asegurarse
 en el interior de sik casas, tapando puertas y
 levantando del suelo los objetos.
 
 Pero ¿cual no fué la sorpresa de esa pobre
 gente, el 27 á las 9 de la mañana, al Terse en
 trar por todas partes la impetuosa corriente, que
 en 8 horas subió á un metro de altura en el
 interior de las casas, no dejando ninguna de pié
 y llegando enseguida hasta metro y medio, al
 tura que conservó constantemente por 8 días?
 Cuando empezó á disminuir, todas las casas es
 taban derumbadas: solo la Iglesia quedó en pié,
 pero en muy m al estado; el Colegio de los Salesianos casi enteramente destruido y el de las
 Hermanas todo por el suelo.
 El salvamento se hizo de la manera siguiente:
 salieron los Padres con sus 19 asilados á las 10
 de la mañana, subiendo la loma ó cuchilla, que
 queda inmediata al pueblo. Las hermanas con
 sus niñas tardaron hasta las 3 de la tarde pai'a
 preparar el pequeño ajuar para sus asiladas :• á
 las ultimas fué preciso hacerlas pasar sobre unos
 puentecitos preparados con tablas. Una buena
 familia italiana les ofreció con suma generosidad
 su casita, que tenía sobre la loma, y todos á
 porfía les proporcionaron los alimentos y útiles
 necesarios para su transporte hasta Trelew.
 El Director de la Misión, R. P . Juan Pranchini, al anochecer, después de poner en seguro
 las personas de los suyos, Salesianos é Hijas de
 María Auxiliadora, volvió á la Iglesia para to
 mar el Smo. Sacramento,y encontró que la iglesia,
 aunque bastante más elevada de las demás casas,
 tenía más de 60 centímetros de agua. Los de
 más hermanos se encargaron de sacar los objetos
 sagrados.
 El Excmo. Sr. Gobernador del Chubut, co
 ronel O’Douel, dió muestras de una actitud y
 prudencia á toda prueba, pues no contento con
 dar las órdenes para que se socorriese á todas
 las familias, y con carros y chatas se las llevai-a
 prontamente hasta la loma, él mismo con su
 coche fué visitando todas las casas y llevando
 consigo á todas las señoras que no podían de por
 sí sustraerse á la inundación. Gracias á esa pron
 titud y generosidad en las disposiciones dadas
 por las autoridades, se salvaron todas las per
 sonas y lo más preciso para poner al cubierto
 de la intemperie á las más delicadas. En efecto,
 se formaron sobre la loma unos cobertizos con
 chapas de zinc; y se proporcionaron los alimentos
 y el necesario abrigo á todos los que por su in
 digencia ó por falta de tiempo no habían podido
 llevarlo consigo. De este modo aquella pobre
 gente se encuentra todavía sobre la loma, espe
 rando que la caridad la socorra hasta que pue
 dan ver reedificadas sus pobres cliozas, pues no
 pueden tener esperanza de refugiarse en ninguna
 otra población, como los de Viedma, que aún
 que con incomodidad, fueron hospedados en P a-
 
 L o s h u érfa n o s d e la HOsion — P e n o so
 \ la je — Ti*es d ía en T releiv — Cai*i<lad
 y atenciones d e la s au torid ad es de
 P u e rto 31adryn — G e n e ro s a y lo a b le
 condncta d e l a ofic ia lid a d d el vapoi*
 Santa C ru z — D esti'uccion d e G aiiiián
 — L astim oso estad o d e sus habitantes
 — L a voz d e la caridad.
 
 Por este motivo el Superior do la misión del
 Chubut, dejando á dos Salesianos con unos cuan
 tos jóvenes asilados á cuidar desdo la loma la
 iglesia y los restos de su destruida casa, vino
 á golpear á la puertii do sus hermanos los Salesiauos de Almagro, entregándolos su más i>recioso depósito, 11 liuerfauitos, para quienes no
 faltará la benéfica sociedad de Buenos Aires en
 prestar el socorro de su calidad. Lo mismo hi
 cieron las Hermanas de María Auxiliadora, re
 fugiándose con algunas indígenas en el Colegio
 de Almagro. Por el miserable estado en que se
 encuenti’au esas desgraciadas criaturas, puede uno
 formarse idea de lo que sufrirán los pobres inun
 dados del Chubut, pues además de su desaseo,
 dos de ellos, de unos 12 años, han tenido (jue
 ingresar en la enfermería del Colegio. De éstos,
 Cornelio Im ais murió santamente el 3 de Se
 tiembre,
 E l itinerario de estos 20 individuos de la
 Congregación Salesiana sustraídos á h s ruinas
 de esa inundación, íhé largo y penoso; pues solo
 al cuarto día después de refugiarse en la loma,
 pudieron encontrar carros para trasladai-se á
 Trelew que dista unas tres leguas, aunque per
 la extensión que tomaron las aguas tuvieron que
 recorrer unas 8 leguas. Tres días permanecie
 ron en Trelew, de donde por tren so dirigieron
 al Puerto Madryu de Golfo Nuevo, siendo hos
 pedados con toda clase de miramientos y aten
 ciones por las autoridades y empleados de la
 Subprefectuia marítima, durante los cuatro días
 que allí permanecieron hasta embarcarse eii el
 vapor Santa Cruz. Estos pobres inundados se
 hacen lenguas de la finura y generosidad con
 que todos los oficiales de dicho vapor les prudigaron todos los cuidados y auxilios, hasta ce
 derles sus camarotes y tener á esos pobres indiecitos en su misma mesa, acariciándolos y
 regalándolos cou el mayor carino. ¡Dios les pague
 tanta caridad!
 Con mayor violencia que en liawsón, la inun
 dación había caído sobre el pueblo de Gaimán, si
 tuado á 12 leguas de esa Capital en el Valle
 Superior, centro de la Colonia Galense, inundán
 dose todo el valle en unas 3 leguas de ancho,
 y destruyendo todas las casas en tres horas. La
 Capilla de Gaimán, recientemente edificada, cayó
 juntam ente con las demás habitaciones, y la po
 blación se salvó en
 lomas que rodean el valle,
 sm tener tiempo para salvar ni lo más preciso
 
 tS
 
 m
 — 24 —
 
 para la vida. La mayor parte de esos colonos
 no poseen actualmente sino lo que llevan puesto, y
 á que la impetuosidad de la corriente les impidió
 aun de recoger el poco dinero que tenían guar
 dado, fruto de sus sudores. Se calcula que unas
 tres mil personas se encuentran sobre aquellas
 lomas sin tedio, sin abrigo y sin alimentos.
 iDios quiera conmover ios corazones de los
 generosos hijos de Buenos Aries, para que una
 vez más socorran á esos desventurados del Sur,
 que por medio de los pobres niños y ninas lle
 gados ayer del Clmbut, vienen <á implorar la
 caridad de sus hermanos!
 Las consecuencias que estas inundaciones han
 do acarrear á nuestras Misiones, serán fatales si
 la Providencia divina no viene pronto en nues
 tro auxilio por medio de nuestros generosos Coo
 peradores, que siempre han sido para nosotros
 los fieles ejecutores de sus amorosos designios.
 liOn €‘O iiH aelos ele la cnri<lnd — O b lig a d o
 tributo — L.OS alu m n os d e nuestro C o 
 legio d e Italiía ISIanoa — C a rta oonm oi'e d o ra — £1 ó b o lo d e l n iuo cristiano
 — l>Í;;’iio d e im itación — G ra titu d —Conclusión.
 
 Aquí termina, amado Sr. D. Rúa, esta rela
 ción, toda ella empapada con las lágrimas de
 sus hijos, los Misioneros de Patagonia. Sin em
 bargo, yo no me doy por satisfecho con lo dicho;
 por lo que si hasta ahora no he hecho más que
 contarle desventuras, permítame V. R . que le
 diga una palabra sobre los consuelos que nos ha
 prodigado la caridad.
 Bn medio de nuestros desastres, no dejó nunca
 do cernirse sobre nosotros, mandándonos sus be
 néficos rayos, el astro de la caridad cristiana,
 que dichosamente no ha desaparecido aún del
 mundo. Bien quisiera nombrarle una á una las
 generosas personas que acudieron en nuestro so
 corro; pero desisto de mi empeño, porque á más
 do no recordar los nombres de todas, me haría
 interminable. Me limito, pues, á citarle algunas
 de las que más se distinguieron, y más solíci
 tas se mostraron de la suerte do sus hijos y de
 los Iniórfanos que ellos educan. Y sea el primer
 lugar para los dignísimos Sres. Gobernadores de
 los Territorios inundados, y para sus dependien
 tes y autoridades locales, pues con extraordinario
 celo cumplieron todos su del>er. ocupando siem
 pre el sitio do mayor peligro, y dando admi
 rables pruebas do valor y buen criterio. Presento
 además el testimonio de mi viva y sincem gra
 titud á los Sres. Nicolás Cuneo, cónsul de Italia,
 Blías Romero, Santiago Alluírracín, Marcelino
 Crespo y Antonio Poinsot. y á las Sras. .Antonia
 Molina, Melitona Crespo y otras muchas cuyos
 nmibros siento no recordar en este momento.
 
 Pero los que á mi parecer se han hecho más
 acreedores á nuestro agradecimiento, han sido
 los alumnos de nuestro Colegio de Bahía Blanca,
 cuyo noble proceder es digno del mayor encomio.
 Apenas supieron las desgracias del Sur, iniciaron
 una suscricion, y. Dios sabe á costa de cuantos
 sacrificios y privaciones, lograron reunir 200 pesos,
 que mandaron al limo. Sr. Cagliero, acompaña
 dos de la siguiente carta, que reproduzco íntegra
 para que V. R . conozca los buenos y edificantes
 sentimientos que animan á dichos jóvenes.
 
 llusfríshno Señor:
 Las terribles noticias referentes á las inunda
 ciones del Río Negro, nos conmovieron profunda
 mente. Nosotros sentimos en lo más profundo
 las desgracias ocurridas á los habitantes del sur:
 empero lo que arrancó nuestras lágrimas es el
 estado de los niños huérfanos y desamparados.
 jAy pobres huerfanitos de Viedma, Pringles, Conesa, Choele Cboel, Cubanea y Roca, quienes
 han visto las olas devastadoras derribai- los co
 legios que los acogían y apenas Regaron á po
 nerse en salvo con sus superiores los Misioneros
 Salesianos!
 Nosotros gozamos en nuestro hogar de las
 sonrisas de papá y mamá, comemos alegremente
 en su compañía, podemos solazarnos á todas an
 chas y entregarnos dulcemente al sueño: mas
 nuestros amigos del Río Negro, que perdieron
 casa, carecen de vestido y sufren privación de
 alimentos ¡ah pobrecitos! ellos reciben de sus
 bienhechores el pan que mojan con lágrimas, ó
 sollozan á la cabecera de un compañero enfermo,
 y sufren noches aterradoras y elevan sus brazos
 pidiendo entre gemidos: pan, techo y abrigo.
 Nosotros hemos reunido nuestras limosnas, y
 hoy remitimos á V. S. la cantidad de doscientos
 pesos. Es la ofrenda del niño cristiano.
 Los R R . Superiores dicen que hemos hecho
 lo que debíamos, empero nosotros no estamos
 contentos con lo hecho, y queremos dar más.
 lllustrísimo S r.: supRcamos á V. S. I. que
 visitando á aquellos niños, se digne decirles en
 nombre nuestro que ofrecemos este dinero no para
 obligarlos á sernos agradecidos, sino para cumplir
 con \m deber santo de amistad, y que los ama
 mos tiernamente, y participamos de su aflicción,
 y lloramos su desventura y que no dejaremos de
 extender en su seno el bálsamo de nuestra cari
 dad, baste saber que nada leá falta para estar
 contentos.
 Valgan nuestras sencillas, pero sinceras expre
 siones de afecto, para aliviar las penas indecibles
 que han desgarrado el corazón de V. S.
 Nosotros, que hemos recibido de V. S. tantas
 muestras de paternal cariño, comprendemos cuan-
 
 25
 
 to V. S. sufre en estas circunstancias. Elevamos
 nuestra oración á la Estrella del mar, á la dulce
 Madre de todos los luiérfanos, y eiclamamos:
 ¡0 Virgen Santa, auxilio de los cristianos, con
 suelo del afligido, vuelve tus ojos á esos niños
 desamparados y concede á quien les diste por
 padre todo lo que te pide para hacerlos felices!
 Reiterando á V. S. I. las expresiones de nues
 tra gratitud, le suplicamos, Ilustrísimo Sr., que
 se digne bendecirnos.
 
 que se educan en nuestros Colegios, pues estoy
 seguro que ha de ser para todos eficaz estímulo
 para acudir en auxilio de nuestras desgraciadas
 Misiones de Patagonia.
 El limo. Sr. Cagliero, en nombre de todos los
 Misioneros, indios y niños, á quienes al&inza la
 genei’osa solicitud de nuestros Cooperadores, da
 vivísimas y cordiales gracias por mi medio á
 todas las almas generosas y caritativas, que se
 han acordado y se acordarán de nosotros en nues
 tras desgracias. Yo me recomiendo á V. R. para
 que haga presente á todos nuestro agradecimiento,
 desde las columnas de nuestro querido B ülk i’ín .
 Dígnese V. R. bendecir á sus hijos de por
 aquí y á estas agonizantes Misiones, pero muy
 particularmente ú su humilde hijo en J . C.
 B ernardo V a c g iiin a , Pbro.
 V iedm a, 5 de S etiem bre de 1899.
 
 ido. Sr. D. César Cagliero
 Inspector y Procurador de la Congregación Salesiana en Roma.
 
 Besamos humildemente vuestra mano sagrada,
 que lia de derramar los beneflcios de la caridad
 en pro del huérfano y desvalido.
 Con los sentimientos de la más profunda ve
 neración nos profesamos,
 De V. S. lim a, y Rvdma. humildes servidores
 Los ALUMNOS DEL ‘•COLEGIO DON BOSCO.”
 ¡Muy bien, mis queridos niños de Bahía Blanca,
 pues esta carta es ñel retrato de vuestro cora
 zón ! Al entregármela el limo. Sr. Cagliero, mis
 ojos derramaron lágrimas de consuelo. Podéis
 daros por muy satisfechos, pues vuestro óbolo ha
 contribuido á remediar muchas miserias. Custo
 diad y conservad siempre con santo empeño tan
 riobles sentimientos en vuestro corazón, y Dios os
 los recompensará con un premio eterno, superior
 i cuanto pudiera desearse.
 Suplico á V. R ., amado Padre, que de á co
 nocer t^te hermoso ejemplo á todos los jóvenes
 
 TBA vez, y casi improvisamente, nuestra
 Congregación se ha visto obligada á
 vestirse de luto, á causa de la muerte
 de nuestro Inspector y Procurador en
 Roma, acaecida en las primeras horas
 do la mañana d e ll de Noviembre, fes
 tividad de todos los Santos, conüindo
 apenas 45 años de edad. Nos es en
 extremo dolorosa, la frecuencia con quo
 tenemos que anunciar en nuestras columnas la muerte
 de celosos y activos hermanos que, en temprana edad
 aun, caen en el campo dcl trabajo, dejándonos e)>
 herencia el recuerdo de su simpática figura, escla
 recida por el esplendor de sus infatigables ubru.s
 apostólicas.
 Don César Cagliero, por su incansable celo, por
 su elevado ingenio, por su profunda ciencia, rara
 prudencia y buen acierto en el de.sempeOo do su.s
 más delicados cargos, lia sido un digno modelo de
 la vida activa del Salesiano, calcada en el prototipo
 de ella, nuestro malogrado fundador y Padre Don
 Bosco. Su pérdida ha sido para nuestra Congregación
 una verdadera desgracia, tanto más dolorosa cuanto
 menos esperada, no obstante lo delicado de su salud.
 Nació en Castelnuovo d’Asti en 1854, y fué una
 de aquellas numerosas y fragantes flores que la
 prodigiosa mano de D. Bosco supo arrancar de su
 pais nativo, para hermo.sear su naciente Congregación.
 En la escuela de D. Bosco el joven César Oaglif'ro
 
 - 26 (pariente del primer Oliispo Salesiano, el incansable
 Apiistül do la Patagonia) se enriqueció de sólidas
 virtudes, y dotad» do esclarecido ingenio, oyó la voz
 del Señor que le llamaba á la religiou y al Sacer
 docio, y enderezó todos sus pasos á la carrera ecle
 siástica, en la que tanto bien debía obrar eu pro de
 la juventud pobre y abandonada.
 Ordenad» do Sacerdote en 1877 y mandado al
 Colegio Municipal do Alassio, condado á los Salcsianos, dusidegó todo aquel celo de que ya, cuando
 clórigo, tial)iii dado tantas pruebas en el Colegio de
 Cliorasco. Algunos años después, D. Bosco lo nom
 bró Director del Colegio do Valsálice, donde bien
 pronto 80 ronquistó ol aprecio y admiración, no solo
 do los nobles jóvenes quo allí so educaban, sino tam
 bién do todas las principales familias doTurín. Po
 cos meses antes ilo su muerb*, Don Bosco establetuó
 en Valsálice ol Seminarlo de las Misiones Estranjeras, y enviaba á Roma á D . César Caglioro en cali'
 dad do Procurador General do nuestra Congregación
 y Rüctor del Colegio anexo á la Parroquia dol Sgdo.
 Corazón de Jesús, en ol Castro Pretorio.
 En este tan delicado cargé, se lo ofreció dilata
 dísimo campo donde ejercitar toda su actividad, em
 pican lo los tesoros de su elocuencia y las excelentes
 dotes do quo estaba enriquecido, en el desempaño
 de todo cuanto le_ confiara ol sucesor de Don Busco,
 el Uvdmo. Sr. D. Rúa. Referente á su cargo de Pro
 curador General de los Salesianos, tan varia y múltijilü l’ué su acción, quo no os cosa fácil delinear su
 carácter, más bien único que ra ro ; sólo diremos que
 vino á ser la admiración de cuantos le rodeaban,
 cotiquisUitidoso la simpatía, confianza y estima de
 los Emmos. Cardenales y de toda la más selecta
 nobleza romana, asi religiosa como política. El mismo
 Sumo Pontífice apreciaba las excelentes cualidades
 del Procurador General de los Salesianos, y muchas
 veces tuvo pera 61 palabras de verdadero encomio.
 Al recibir noticias del grave estado de nuestro Procurailor, espontáneamente le mandó su apostólica
 bi'ndicion.
 Su prematura muerte es una sensibilísima pérdida
 para nuestra Congregación, que le es deudora do
 grandes servicios.
 Prueba de la alta estima y reputación de que go
 zaba, y del amor quo le profesaban cuantos le rodoalian, fueron los funerales quo por ol eterno des
 canso de .su alma se celebraron ol tercer día después
 do su muerte.
 Los periódicos de Roma nos dan la siguiente re
 lación. « Pilé una verdadera demostración de sim
 patía ol acompañamiento del féretro do esto digno
 ligo do D. Bosco, desdo el Colegio del Sgdo. Corazón
 á la Iglesia del mismo nombre en ol Casti'o Preto
 rio, efectuado la tardo del 2 de Noviembre. Prece
 dían los alumnos externos del mismo Colegio; dos
 secciones de jóvenes de la Congregación del Caravitu,
 y los centenares de internos de aquel Colegio con
 BU b;\nda; seguía numerosísimo cloro y el ataúd
 llevado por cuatro Sacerdotes Salesianos. Detrás
 dol féretro iban el Rvdmo. D. Juan Marenco, eu repix'sentaciüii dol Superior General, losSup<*rioros y her
 manos del Colegio y muolutó amigos del finado, entre
 los cuales recodamos á los limos. Sres. D. ./Vgustiu
 Bartolini y Do Pauw, á los comendadores Rossi, De
 
 Gaspc.’is y Rolla, á los caballeros Grazioli y Cucco,
 etc. y el clero parroquial del Sgdo. Corazón, y á
 continuación los Seminaristas de Frascati, los alumnos del Colegio de San León Magno, dirigidos por
 los HH. Maristas, las Hijas do María Auxiliadora,
 fundadas por D. Bosco, con sus numerosas alumnas,
 las Hermanas do Sta. Dorotea con sus educandas,
 las Hermanas Marcelinas y otros Institutos, las Hi
 jas de María y las Madres Cristianas de la Parro
 quia. El conjunto formaba un muy lai'go y hermoso
 cortejo.
 
 R. Sr. D. César Cagliero.
 » Conducido el cadáver á la Iglesia y dada la
 absolución, fué conducido el féretro al cementerio
 con el mismo acompañamiento, causando la admi
 ración de los transeúntes, y sobre todo de cuantos
 aquel día. Conmemoración de los Fieles Difuntos,
 visitaron el cementerio.
 » La mañana siguiente se cantó la Misa de Jiequiem, oficiando el citodo D. Juan Maronco. Al fi
 nal el Dmo. Sr. D. Antonio de Siibatucci, Arzo
 bispo de Antinoe, dió la absolución al túmulo. En
 tre la numerosíi concurrencia, además de los alumnos
 del Colegio, asistieron numerosos y distinguidos per
 sonajes, entre ellos los limos. Sres. Antonio SabatuccL y Nicolás Camilo, Obispo de Gádara, el Rvmo.
 P. Santini, Abad y General de los Canónigos Lat^
 rauenses, los limos. Sres. Edmond, De Pauw y Zonghi,
 el conde Agustín .Antoiielli, los comeiidadori's Ennque Angtílini, J’uliau Bersani y Alberto Zoma, y
 los caballeros Jaime Cucco, Luis Calata, José Mazzucco, etc., etc.
 » Concurrieron además casi todos los Procuradores
 
 Genéralos de Ordeims Kol¡g;iiisas, Tsrios representan
 tes do [nstitntns Salesianos. dependientes del difunto,
 V los Superiores y hermanos del mismo Colegio. La
 faiieinn, en la que canti con mucho esmero la Escolania del Colegio, resnlt) muy conmovento y digna
 en todo di-1 llorado estintu, tan benemérito de Eoma
 y de las Obras Católicas. »
 Al mismo tiempo que deponemos sobre sn llorada
 tumba estos tristes, pero queridos testimonios de
 tantos amigos y admiradores de sus bellas cualidades,
 mandamos á todos nuestro más cordial agradeci
 miento , y rogamos á nuestros lectores que sufra
 guen con oraciones, limosnas y buenas obras el alma
 de nuestro inolvidable hermano, para apresurarle la
 entrada en la mansión celeste, si aun no estuviese.
 
 D.3 Hné$ Benlumea.
 21 de Enero do 1899 será siempre do triste
 '^[Lj recuerdo para los Salesianos de Sevilla, porque
 en dicho día perdíamos una madre cariñosísima,
 perdíamos á la insigne Cooperadora Salesiana,
 [nés Benjumoa, que profesaba á los Hijos de Don
 Bosco el amor más puro y entusiasta.
 Su muerto fué fiel remato do su vida, que no va
 cilamos en llamar santa en toda la extensión de la
 palabra. No hay institución, congregación ó casa
 benéfica que no haya experimentado las pruebas más
 tiernas de su' inagotable caridad, y se cuentan por
 millares las almas que lloran hoy y llorarán siempre
 la pérdida irreparable de aquella santa y esclarecida
 Señora. Pero si para todos tenía afecto su corazón
 y á todos llegaba su mano bienhechora, nos es grato
 consignar que la Institución Salesiana era el blanco
 de sus más solícitos cuidados, y su interés y celo
 para la educación do la juventud abandonada no
 tenia limites.
 ¡Cuántas almas deben hoy su bienestar y deberán
 mañana su salvación á la imponderable caridad y
 generoso desprendimiento do la ilustre dama, que solo
 rivia para Dios y en Dios cifraba su constante es
 peranza y felicidad! Y si el que salva un alma habrá
 salvado también la suya ¿cual no será la gloria que
 gozará en el cielo el alma de la malograda D.‘ Fnés
 Benjumea?
 Al volver hoy á regar su gloriosa tumba con las
 lágrimas del amor y de la gratitud, desciendo á mi
 tigar la llaga hondísima que tón irreparable pérdida
 abriera en los corazones de los Hijos de D. Bosco,
 el bálsamo dulcísimo del consuelo cristiano, que
 apartándonos del sepulcro y llevándonos en alas do
 la esperanza hasta las puertas de la etenia Sion,
 nos indica el luminoso trono de gloria que merecie
 ron á la inolvidable señora, su vida ejemplar y san
 tas obras.
 Y para que se conozca en que alta estimación era
 tenida por toda clase de personas la finada, reproánciremos aquí uno de los artículos necrológicos de
 la prensa de aquellos días.
 < A las seis de la mañana de hoy ha muerto
 átóa Inés Benjumea, después de recibir los últimos
 Sa’nmeutos y la bendición de Sn Santidad.
 ¡Bienaventurados los que mueren en el Señor!
 •lijimus ai saber la triste noticia; porque doña Inés
 
 Benjumea ha sido el modelo acabado de la señora
 cristiana, que con piedad extraordinaria, gran humil
 dad y caridad ardiente edificó á su amante familia,
 á quien, á más del más afectuoso cariño, le inspi
 raba una verdadera veneración, á sus amigos, á
 quienes admiraba con sus virtudes, y á cuantos la
 conocían. Ya escasean, por desgracia, en nuestra so
 ciedad figuras como la de doña Inés, qno oeupamlo
 una gran posición y poseyendo cuantio.sa fortuna,
 conozcan que una y otra son dones recibidos do Dios
 para hacer el bien, y al bien se consagren por com
 pleto.
 Jamás se la vió en teatros ni en reuniónos inmidanas; jamás contribuyó á nada que no redundase
 en servicio do Dios y beneficio del prójimo; y cuandi»
 do Dios y del prójimo so trataba, todo lo parecía
 poco, y tenía alientos para prestar ayuda y acoinotiT
 toda clase do empresas.
 Do piedad solidísima ó ilustrada, bajo la dirección
 do sabios sacerdotes llegó en la vida espiritual á
 gran altura, y como todas las almas selectas, no
 escatimando medios á fin do conseguir una acertada
 dirección, hizo largos viajes para, en asuntos espiri
 tuales, lograr el consejo do varones sabios y virtuo
 sos, que conociendo el estado de su alma, pudieran
 guiarla con paso seguro al espiritual perfecciona
 miento.
 A una vida, que no vacilamos en llamar sania,
 ha puesto digno remate una muerto cristianísima.
 Hoy lloran su pérdida los parientes y los amigo.s,
 los edificados con sus ejemplos y los favorecidos con
 sus mercedes, y todos, al nombrarla, levantan la vi.'-ita
 al cielo éii la seguridad de que en la mansión de
 los justos ha recibido ya la corona de la gloria.
 ¡Bienaventurados los que mueren en el Señor!
 ¡Dichosos los que, al llegar la última hora, mi
 ran sin remordimientos el pasado, donde sólo ven
 muchas obras buenas realizadas, remediadas imiclias
 desgracias y evitados muchos males, y sin temor al
 porvenir, pnes tras los límites del espacio y d<‘l
 tiempo sólo descubren la Eternidad gloriosa, pma
 la cual fué una preparación .constante toda sn vida !
 ¡Dichosos los que, á su pa.so por la tierra, sólo
 dejan santos y gratos recuerdos!
 Que el alma do doña íné.s BejiJumoa, por la mi
 sericordia de Dios, goce de la eterna liienaveninranza. »
 Así lo esperamos confiadaineiito do la misericordia
 divina, y así se lo pedimos con todo nuestro corazón.
 Reciba nuestro verdadero y muy sentido pésame
 su hija doña Dolores, compañera do su madre en
 las obras de fervor, virtud y caridad. Recibaiilo
 también D. Diego Benjumea y toda su respebablo
 familia.
 
 R O S A tU O fifi 8t;i. FK.
 R. Padre Domingo Radano.
 día 23 de Julio entregaba sn alma al Criador
 este joven é ilustrado sacerdote. Do conducta
 ejemplar y de celo ardiente, deja un sensible vacío
 en el catelogo de los Cooperadores Salesianos.
 0^
 
 l
 
 28 —
 
 D.a Petrona Ifl. de Guascl).
 j^AU.Ecií) el día 19 de Agosto. El mejor epitafio
 J¡^ que podría grabarse sobre su tumba, sería el
 versículo 8 dol Salmo 2 5 : Dilexi, Domine, decorem
 
 domus iuae, et Jocitm hahitalionis glorias tuae.
 He amado, Seííor, el decoro de tu casa, y el lugar
 do la morada do tu gloria. Su ocupación cotidiana
 era vi.sitar las Iglesias, y proveer cuanto en ellas
 veía ser más necesario para el decoro do las mismas.
 JOn todas las Iglesias ha dejado grabado su nombre
 con valiosas donaciones de altares, pulpitos, confe
 sonarios ú otros objetos. Nuestra Capilla provisoria
 debe á la generosidad de csbi matrona humilde y
 caritativa, el albir en blanco, el pulpito, las pilas
 del agua bendita y una hermosa estatua del Patrono
 8an Francisco do Sales. La Capilla do las Hijas do
 María Auxiliadora poseo un altar con la estatua de
 la Inmaculada, y el púlpito. Poco tiempo antes de
 fallecer mandó revocar por su cuenta el frente do la
 misma.
 Una rápida onfermodad la arrebató de entro los
 vivos, cuando en su caridad inagotable so disponía
 á hacer edificar por su cuenta un salón en nuestra
 Escuela de Artes y Oficios. ¡Quiera Dios que otras
 almas, igualmente piadosas, lleven á efecto lo que en
 ella fuó solamente deseo!
 IDescanso en paz tan generosa Cooperadora!
 
 Don Garlos Dlbaladeio.
 ^ATóLico práctico y bienhechor do la Obra Salesiana en esta ciudad desde un principio, bajó al
 soimlcro con la tranquilidad del justo el día 18 de
 Setiembre, líociban su añigida, pero resignada esposa
 y los herederos de su nombre y de sus virtudes el
 pósame do la familia Salosiana, y la seguridad de
 sus oraciones para el descanso eterno del finado.
 K. I . P . A.
 
 é s ta ; y después de celebi’ar y tomar na ligero
 desayuno en casa de nuestra buena Cooperadora
 D.“ María de la Paz Sánchez, nos dirigimos á to
 m ar posesión de nuestra casa provisional, lo es
 peramos.
 En la prolongación de la calle de Zurbano, ya
 muy próxima al Hipódromo, está situada nue.stra
 residencia; lejos del bullicio nos ha querido el
 Señor; pues con estar en Madrid estamos en el
 campo y aislados. María A uxiliadora, colocada
 bajo hermoso dosel, ya nos estaba esperando eu
 la capillita, desde bacía unos cuantos días, pues
 yo había tenido buen cuidado de que nuestra
 buena Madre tom ara posesión de la casa antes que
 nadie, y así fuó; gran consuelo recibimos con esto,
 y confío en que habrá sido un buen comienzo.
 Desde el domingo primero do nuestra instala
 ción, nos empezaron á visitar unos cuantos niños;
 otros vienen á la Sta. Misa diariam ente ; pero por
 carecer aún do lo preciso, no tenemos clases.
 María Auxiliadora se encargará do proveer lo ne
 cesario. Ahora mi trabajo es ir conociendo á los
 buenos cooperadoi’es ya existentes y abrir el ca
 mino á otros. Y en v e rd a d : si hemos do salir
 pronto de esta reducida morada y encontrar
 otra más capaz en la que puedan recogerse mu
 chos jóvenes, que, á pesar de las numerosas ins
 tituciones que sostenidas por la generosidad de
 los Madrileños se dedican á ellos, andan sin em
 bargo vagabundos y abandonados, bien los hemos
 de necesitar.
 Bendiga, pues, amado Sr. D. Rúa, esta nueva
 casa, que llevará el nombre de Oratorio de San
 Francisco de Sales, y pida á María Auxiliadora
 que, sostenida por el espíritu de Don Bosco, se
 desarrolle y produzca abundantes frutos de sal
 vación para estos hijos del pu eb lo ; así lo hizo
 tambieu, al visitarle, nuestroExemo. Sr. ArzobispoObispo, quien bondadosísimo y con palabras <lc
 verdadero Padre nos animó y bendijo, haciendo
 votos por la prosperidad y desarrollo de nuestra
 obra. En la confianza do que así sea, queda do
 V. Afmo. hijo
 
 <^. 6. m. h.
 
 E rn esto O b e r t i , Pbro.
 M adrid, 1 de N oviem bre do I89ü.
 
 -------A
 U E OS T1 JTV.
 R ÍA
 
 MONTlbl.A (O^rílobíiJ
 
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 C O E R ESPO IÍD EN O IA
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 - -.
 
 ‘
 
 -eMADfnO.
 líilvmo. Sr. D. Miguel R iía .
 Muy amado P a d r e : Ya os razón que le do
 eueiita do mi nueva veaideucia y do nuestra fuiiÁxoiou en esta Corto.
 El día 18 aalíamoa de la Casa do S. Ilenito, do
 Sovilla, magmi concomiíaiWe caím -a parvulorum.
 El Director de olla, D. Mauricio Aralo y D. Pedro
 Ricaldone, D irector de la “ Trinidad** nos acomañaron basta la estación y despidieron para Marid. I..a m añana del 19 de octubre llegábamos á
 
 S
 
 Sr. D irector dol Boletín S alesi.vno.
 Muy Sr. m ío: Un motivo extraordinario me
 impelo lioy á dirigirlo la presente, pura <iue s*sirva insertarla en el Boletín S alesiano , si así
 lo cree oportuno. Me refiero á la fundación de ¡a
 nueva Casa Salesiana de Moutilla, en la provincia
 de Córdoba, pueblo rict) bajo todos conceptos.
 Confío que para el mes próximo so 1© podrán
 m andar imís detalles referentes á la instalación
 y marcha do esta incipiente Ca.sa, que tanto bien
 iia de reportar, Dios mediante, en esta tierra montillaua y cordobesa.
 Por ahora me concreto á enviarle el suelto pu
 blicado eu el Boletín Eclesiástico de este Obispado.
 Dice a s í:
 « El día 3 de Octubre últim o se instalaron en
 la ciudad de M ontilla los Rvdos. Padres Salesiauos, con el objeto de emplear sus trabajos aposto
 lices eu la enseñanza de la juventud.
 Según comunicación del Sr. Arcipreste, toda la
 
 Á
 
 — 2Í> —
 iioblacion está iuteresada eu 1» instalación y prosleriáad de esta empresa, que tantos beneficios ha
 <le reportar en el orden social, moral é intelectual
 lie un pueblo tan grande, tan rico y ton impor
 tante como Montilla. Si con el tiempo se esta
 blece, como se proyecto, un Colegio de segunda
 enseñanza, los beneficios de instrucción y moralijaciou de los Padres Salesianos serán extensivos
 á las familias pudientes y acomodadas, que no
 necesitarán llevar sus hijos, como sucede ahora,
 en los albores de su adolescencia, á otras pobla
 ciones, evitándose dispendios considerables y el
 peligro de que, eu lo más crítico de su formación
 social, moral é intelectual, se perviertan con el
 veneno de los malos ejemplos y los errores mo
 dernos.
 El Clero, las personas católicas y en general
 las clases interesadas en la conservación del o r 
 den, de la Religión y de la civilización verdadera
 estol! de enhorabuena. Al cabo de algunos auos
 se ha do conocer el m ejoramiento do la cultura
 y de la civilizaciou de las costumbres eu un pue
 blo de ton respetables tradiciones religiosas, patria
 de Santos y residencia de varones ta n virtuosos
 y edificantes como ei Beato Ju a n de Avila.
 El influjo de la Institución Salesiana, ton acre
 ditada en todos los pueblos que han alcanzado
 la foituna de ten er en su seno á tan respetables
 y queridos Religiosos, traspasará los lím ites de
 Montilla, extendiéndose j>or toda la comarca. Cons
 tituida Montilla en centro docente, podnln con
 currir á ella los hijos de las poblaciones inm edia
 tas, á recibir su prim era y segunda enseñanza.
 Aparte del favor de Dios, de quien procede todo
 bien y á quien se debe el éxito de todas las san
 tas cm presas, podrán contribuir al acrecentamiento,
 consolidación y prosperida»! de la Obra Salesiana,
 y contribuirán desde luego los Sacerdotes y se
 glares que por su form na y posición social están
 en el caso de influir sobre la opinión. Al hacerlo
 así, darán una prueba de su patriotism o y del
 amor que profesan á sus parientes, á sus amigos
 y convecinos. »
 Como puede V. ver, señor D irector, abundante
 es la mies, que aijuí se nos prepara, y esperamos
 que con el auxilio del Señor y de Slaría Auxilia
 dora. serán tam bién abundantes los frutos, que
 se irán obteniendo. La pequeña sem illa que cual
 grano de imttaza, vamos ahora diseminando, con
 fiamos que echará hondas raicee en los tiernos
 pechos luontillanos, como los h a echado yji do
 quiera ha sido im plantada la Obra Salesiana.
 Antes de term inar mi breve carta, no puedo á
 menos de m anifestar desdo estas columnas mi más
 vivo reconocimiento hacia las personas que se han
 interesado por esta fundación, las cuales son en
 ton gran número, que no acabaría nunca si hu
 biera de nom brarlas á todas.
 Merece, sin em bargo, especial mención el Sr.
 B. Antonio Cabello, médico de la localidad, quien
 tiene ya dadas á estos hijos de D. Boseo reiteRiílas pruebas de afecto y amor, siendo el alma
 principal en tre los Cooperadores y Bienhechores
 de esta Casa.
 iQuiera el Cielo bendecir nuestros débiles es
 fuerzos ! Así se lo pide el que con todo respeto se
 reitera de V. afino S. S.
 q. b. 8. m.
 E m il io M. X o g ués , P b ro .
 Montilla, X oviem bre d© 1899
 
 inUfiAfíKLA (Mííiioi-oa).
 R v d m o , S r. D . M ig u e l R úa ,
 
 Amadísimo Padre en J. C.
 E l día 25 de Octubre salí de Barcelona paro
 Menorca, á donde llegué el día 26, y rambieu el
 mismo día llegué á Ciudadelu, donde me estaban
 aguardando representaciones de las autoridades
 eclesiástica y civil.
 Creo que V. R. sitbe ya la bistovia do lo qiu'
 se ha efectuado en esta ciudad, y es que un sa
 cerdote beneficiado de la Catedral, eneemlido en
 devoción á María Auxiliadora, quiso lovnutoiie
 una iglesia, y sin diuero y sin nada puso mauos
 á la obra, y desde el 93 la tiene concluida
 lia hecho más; h a sabido inspirar su devoción
 al pxieblo, que dedicó á María Auxiliadora una
 do las mejores calles de Cindadela. El referido
 sacerdote comenzó llamando á su casa Oratorio de
 S. Francisco de Sales, y tra ta á los niños como
 un buen Salesiano puede tratarlos, y hoy cuenia
 eutre sus alumnos á varios sacerdotes formados
 por él, á quien profesan el cariño de un padre.
 Pero lo miis notable es que no sólo ha tenido
 fe y conftauza en María para levantar la Iglesia
 y clases con todo lo necesario, sino que ahora, se
 desprende de ello y lo deja todo lleno doalegiia,
 entregándolo á los Salesianos, y por añadidura se
 entrega á sí mismo á la Congregación. ¡Qué alma
 ta n hermosa y ta n heróica!
 E l día 12 de Noviembre quiere que se haga
 una función en acción de gracias á María Auxi
 liadora por la venida de los Salesianos.
 Reciba V. R. recuerdos de ese sacerdote, qu;?
 se llam a D. Federico P areja, y bendiga á este su
 afmo. y hum ilde hijo y siervo en Cristo
 F ra ncisco A t z e n i , Pbro.
 C iudadeia, 30 de O ctubre de 1889.
 
 SANTIAGO n
 
 OHH.K
 
 Sr. D irector del B o l etín S a l esia n o :
 Como se lo be prometido, paso á darle algunas
 noticias sobre la Sociedad de Antú/uos Alumnox
 de este Colegio Patrocinio de San José.
 Bajo la Dirección del Reverendo Sr. Don Mario
 Luis Migone, que ha dejado de sí muy gratoh
 recuerdos en este Colegio, se fundó la Sociedad de
 Antiguos Alumnos el 8 de Dbre. de 1898. Verificóse
 la fundación con una tiesta solemne y un acto lite
 rario. Memorables son las palabras que en aquella
 ocasión pronunció aquel digno D irector al con
 cluirse la pequeña fiesta: » L a obra de D. Boseo
 empezó en el día de la Inmaculada, y humilde
 en sns principios, h a ido creciendo gigantesca
 sobre la faz de la tien-a. L a ■''ociedad Ex-aInmnos del Patrocinio de San José se inicia con
 humildes principios, hoy, día de la Inmaculada,
 y será tam bién grande un día, porque es Obra de
 Don Boseo. »
 
 — 30 —
 Y fué j)rofeta. L a Jim ta Prom otora de la Sooie<lad redobló b u s esfuerzos, reuuió uu bueu númoi'o de jóvenes, que le prestaron generosamente
 ■ni cooperaeion, de modo que venciendo las muc.liísiinas difiüultadeB que se oponían á su desa
 rrollo, 86 pudo establecer deíinitivam ente sobre
 bascB duraderas, con b u s estatutos aprobados uná
 nimemente por los socios, y con locales propios
 en el iiiíhiuo Establecimiento.
 En ellos 8o reúnen los jóvenes los Domingos y
 ilías festivos para pasar unas horas en santa ale
 gría, y distraerse algdn tanto de las tareas ordi
 narias.
 P arte do los socios, con intención de continuar
 los estudios luusicales que empezaron en el esta
 blecimiento, dieron princijiio á una sociedad ñlarmónica, llam ada Orquesta Don Boeeo, que dirige
 el distinguido profesor Don Vicente Morelli, Coo
 perador Hulesiaim, muy conocido en Chile ]jor
 sus m éritos artísticos. Los Superiores y los socios
 dan al Sr. Morelli las moreciilas gracias por in-estarae con tíinto desinterés á esta obra. Otros
 socios cultivan la jiarte literaria, y en las reu
 niones jirescntan sus composii’iones, que deben
 someterse á la más severa crítica; do este modo
 se preparan para sor tin día los adalides de la
 causa católica on su patria. Y no estil muy lejano
 el día. en que estas composiciones literarias verán
 la luz, publicándose en una revista, que piensa
 fundar la Sociedad.
 Al liacermo cargo Imco algunos meses de la di
 rección de este Colegio, admirado de la buena
 voluntad de todos los socios, juzgué conveniente
 prem iar á los que tan eficazmente han trabajailo
 jmra hacer prosperar la sociedad, organizando una
 fiesta caiiipestro. Nos coadyuvó poderosa y larga
 mente la generosidad del distinguido Cooperador
 Snlesiano Don Francisco ü iid u n a g a , proporcio
 nando á los ex-alumnos un bennosísimo paseo á
 su hacienda de San Vicente, á pocas leguas de
 Santiago.
 , _
 El domingo 13 de abril, tiesta del Patrocinio
 <le S. José, la alegre com itiva salía de la estación
 <entral. y se dirigía á San V icente: por favor
 benignam ente concedido á la sociedad por eljefo
 de estación de Santiago, paró el tren al pasar
 por la hacienda, y allí los socios fueron recibidos
 1)01- la familia del Sr. U m lurraga y hechos obje
 to tie los niius solícitos cuidados. Fueron introilucidos en el parque, donde se les había prepa
 rado u na grata sorpresa. lín.]olos frondosos árboles
 de u na secular alameda, sencilla á la liar que
 elegantem ente ongalaimda. se estendía una larga
 im'sa bonitamente adornada con llores aromáticas,
 do las cuales, las más hermosas formaban uu
 elegante monograma con las iniciales do Don
 Poseo. La nmeiiiilad del lugar pintoresco y el
 paseo de la maímna. Imbíau despertado el ape
 tito en todos, v sin muchos eumpliniientos se
 hizo honor al suculento almuerzo. A los postres
 tomaron la palabra tunebos de los ox-alumnos, ani
 mándose m utuam ente á trabajar por el bien de
 la naciente sociedad, aoovdáiulose siempre de la
 conocida sentencia: Vis uniia forlior, y teniendo
 siempre de m ira el ])veiuio que el Señor dará a
 los que lum sido fieles.
 _
 _
 El presiib’iitc de la Sociedad, D. Alberto \ aldea,
 tomó i>or últim o la palabra y pi'opuso á los socios
 nom brar á D. Fraiieiaco U udum iga miembro
 bouoi-ario de la Sociedad, siendo acogida la propiiosta con gom'ral aplauso. En las horas de la
 tarde, los socios se entretuvieron alegrem ente en
 el parque cüu varios juegos, v al caer do la tardo
 
 volvieron á Santiago, llevando en sus corazoiips
 grabados los nombres (le sus bienhechores; aiii
 mallos á estrechar nuls y más los vínculos de Ic
 am istad con sus superiores, y decididos á traba
 ja r con ahinco para el mayor desarrollo y perfec
 ciuuamieuto de la sociedad. Ahora se pretKiiuii
 para una academia dram ático-literaria en honor
 de nuestro inolvidable Padre Don Rosco, iiui
 tan d o las truiiiciouales fiestas délos imtiguos alum
 nos del Oratorio: oportunamente le enviaré la
 relación para (¡ue la plublique.
 Acabaré exponiéndole una idea que se me oem-re
 mientraa estoy trazimdo estas lineas.
 En muchas casas, así del antiguo como del nue
 vo continente, existen ya las sociedades de los
 antiguos alumnos ¿porqué, dt-jando que cada cual
 se rija por sus reglamentos particulares, no se
 podrían unir entre sí, fonnaudo una sociedad ge
 neral de antiguos alumuos con sede central en
 Tiirín í Así se uuificaría el espíritu que anima á
 estas sociedades, se unilicaría la veglamentafiou
 general de las mismas y, bendecidas por el Vica
 rio de Cristo y por D. Rosco, formiiríaii un nuevo
 brazo poderoso y fuerte de propaganda católica.
 Vis unita fortior.
 Por último, así como todos los Salesianos del
 mundo entero están unidos íntim am ente fonnaudo
 una sola cosa, iisí los antiguos alumnos podríau
 unirse entre sí con la comunicación de afectos,
 de sentimientos y de obras, y form ar una verda
 dera falange de juventud católica colocada bajo
 la égida del inm ortal D. Rosco.
 ■Dígnese, Sr. Director, rogar mncho por el pro
 greso y adelanto de esta sociedad de ex-aluninos,
 y especialmente por este su
 afnio. S. S. y h. in C. J.
 G u id o E occa , P b ro .
 
 Santiago, Mayo de 1899.
 -3 O tC H i O
 
 áe
 
 c-
 
 Sesea
 
 Debemos estar dispuestos á morir, si es pre
 ciso, antes que negar la fé, ó cometer un pecado
 mortal de cualquier góuoro que sea.
 _Dios lleva una cuenta minuciosa de la más
 pequeña cosa hecha en su nombre ó por su anmr:
 y es de fó quo á su debido tiempo nos la recom
 pensará sobreabuiulautomente.
 — Es preciso orar con fó ; pero no con una fe
 m uerta, sino con mm fé viva.
 __En todas nuestras necesidades, en las tribalaciones, cu las desgracias, al emprender cual
 quiera acción difícil, no dejemos nunca de recurrir
 á Dios. Pero sobre todo en las necesidades úei
 alma recurraiuos ú É l con fé y seremos escuc m
 dos y atendidos.
 — Si tienes una fó viva, yo te aseguro que serás
 escuchado en tu oración, con tal ijue lo que pidas
 no se oponga á la salvación de tu alma.
 
 G» spwbsdoB
 
 di U Ailoridíd Eclesiisti». - Gertals: JOSÉGAíBlSO
 
 
        
- 
                Fecha                        
- 
                        1900.01